Projeto TABU: combate às desigualdades com arte terapêutica
Marcela Fernandes foi a mentora do projeto e é uma das dinamizadoras desta iniciativa que tem calcorreado terreno a combater várias problemáticas e desigualdades da sociedade.
“Inicialmente o foco era trabalhar a problemática da violência de género e da violência doméstica. Começou assim, era inovador no sentido em que trabalhava com vários públicos, pegávamos em testemunhos reais recolhidos junto de vítimas, começámos com oito, e esses testemunhos reais foram transformados em dramaturgia e foram apresentados em peças de teatro”, aponta Marcela Fernandes.
Envolvido na A. N. T. I, - Associação de Narrativa e Teatro de Intervenção, este projeto tem uma “componente terapêutica”, sendo precisamente esse o objetivo desta iniciativa que, a trabalhar juntamente com a Câmara Municipal de Guimarães, tem passado pelas várias escolas do concelho.
Atualmente aponta também o seu foco a problemáticas como “violência coletiva, o bullying” e outros. “Temos desenvolvido várias ações, como espetáculos, seja de rua, de anfiteatro, ações pontuais nas escolas, constituídas por debates, oficinas e apresentações. No fundo, estamos a juntar a ação social com a arte e a cultura”, aponta a mentora do projeto.
Nas peças de teatro são representadas situações reais, o que ajuda as vítimas e, ao fim de contas, inspira e encoraja outras a pessoas. O balanço destes oito anos é positivo, a ponto de ser necessário recusar solicitações.
“O balanço é muito positivo, tivemos muitas solicitações, havendo necessidade de crescer para dar resposta a todas as solicitações”, dá conta Marcela Fernandes ao Jornal de Guimarães.