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PSD: André Coelho Lima e Andreia Neto pedem explicações ao MAI

Redação
Sociedade \ quarta-feira, agosto 10, 2022
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Na pergunta que tem José Luís Carneiro como destinatário, escreve-se que o fecho de estabelecimentos nesta quarta-feira prova a “falta de confiança” dos cidadãos nas “forças de segurança”.

André Coelho Lima e Andreia Neto, deputados do PSD na Assembleia da República, querem saber junto do ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, porque não foi “possível antecipar” os distúrbios ocorridos no centro histórico de Guimarães esta terça-feira, em discordância com o que já foi possível noutros eventos internacionais decorridos no país, nomeadamente em Lisboa e no Porto. Esse é o conteúdo da primeira parte da pergunta apresentada na Assembleia, esta quarta-feira, que expressa ainda o receio de esta ser uma amostra da “incapacidade” do país para “organizar eventos de massas”.

“Não considera o Senhor Ministro que os eventos de ontem, na cidade de Guimarães, exibem de Portugal uma imagem de incapacidade para lidar com fenómenos de massas associados ao futebol, deitando por terra a imagem de segurança e preparação para albergar grandes eventos, imagem que ao longo de anos fomos construindo?”, lê-se.

Os deputados questionam-se igualmente sobre um “cenário quase de batalha civil” sem “uma única patrulha na cidade de Guimarães na noite anterior a um encontro de futebol com fatores evidentes de perigosidade”, que acabou por merecer “um eufemístico comunicado” do Comando Distrital da PSP de Braga, sobre o qual pediram explicações à tutela.

“[O comunicado] procura reduzir os eventos e as suas diferentes dimensões, optando por desvalorizar o sentimento de insegurança inequivocamente causado na população, comerciantes e até no autarca do concelho, reduzindo os eventos a “um pequeno incidente sem quaisquer consequências ou danos físicos ou patrimoniais”, finaliza a pergunta.

O documento lamenta os “cidadãos, acompanhados por bebés e crianças, a abandonarem esplanadas e a refugiarem-se no interior dos estabelecimentos comerciais como forma de proteção”, sem se “ver um único agente policial nesse período”.

O pedido de reforço policial, expresso nesta quarta-feira pelo presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingo Bragança, é olhado pelos deputados do PSD como “vexatório do Senhor Ministro da Administração Interna, na medida em que é necessário um autarca, em declarações públicas, vir publicamente “pedir” ao titular da pasta que exerça a sua função”, acrescenta a nota.

André Coelho Lima e Andreia Neto realçam ainda que a decisão de se encerrar os espaços comerciais do centro histórico, “não estando o país em situação de guerra civil”, é a “demonstração acabada não apenas da incapacidade como – pior – da falta de confiança dos cidadãos nas suas forças de segurança para garantirem a ordem pública”, o que é de “uma gravidade inaudita”.

 

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