Quebra no têxtil e subida no calçado estabilizam exportações em setembro
O aumento das receitas na exportação de calçado e do setor metalúrgico no passado mês de setembro contrariou a ligeira quebra no setor têxtil e contribuiu para a estabilização da receita total face ao período homólogo de 2024. Guimarães arrecadou 117,48 milhões de euros em setembro de 2025, mais 1,05% do que em período idêntico de 2024 (116,26 milhões), mostram os dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatística na segunda-feira. Em agosto de 2025, o município havia exportado 104,95 milhões de euros.
Principal motor da economia vimaranense, a indústria têxtil e do vestuário exportou bens e serviços no valor de 61,77 milhões de euros em setembro último. Esse valor corresponde a mais de metade das exportações nesse mês (52,6%), mas ficou aquém da cifra de setembro de 2024 – 64,5 milhões. Essa descida foi colmatada pela tendência ascendente de outros dois setores relevantes no concelho.
As exportações do setor do calçado fixaram-se em 13,45 milhões de euros em setembro último, valor que configura um aumento de 19% face ao período homólogo de 2024 (11,3 milhões). Já as vendas do setor metalúrgico cresceram 10,9% entre setembro de 2024 e setembro de 2025, dos nove para os 10 milhões de euros. Outras áreas relevantes no comércio internacional vimaranense são o das máquinas, aparelhos e material elétrico, com uma receita de 12,4 milhões em setembro de 2024, e o dos produtos vegetais, que amealhou 4,2 milhões nesse mês.
Como é hábito, a maioria das exportações vimaranenses destinou-se a países da União Europeia (71,3%). O restante valor, de 33,69 milhões de euros, correspondente a 28,7% do total, proveio de outras latitudes.
Saldo positivo superior a 40 milhões na balança comercial
Se as exportações de Guimarães ascenderam aos 117,48 milhões de euros em setembro de 2025, as importações no mesmo período fixaram-se nos 72,53 milhões. O município apresentou, por isso, uma balança comercial com um saldo positivo de 44,95 milhões de euros, o terceiro valor mais elevado entre os concelhos do Pentágono Urbano.
Vila Nova de Famalicão, terceiro maior exportador do país, apresentou a balança comercial mais positiva em setembro último – 97,52 milhões de euros -, seguido por Viana do Castelo, com 68,1 milhões. A balança comercial de Braga, também positiva, cifrou-se nos 33,08 milhões de euros, com Barcelos a atingir os 28,12 milhões.
O cenário de Guimarães e do Pentágono Urbano contrasta com o da globalidade do país. Nesse mês, Portugal arrecadou 7.236 milhões de euros em exportações e importou bens e serviços no valor de 9.824 milhões. A balança comercial nacional apresentou, portanto, um saldo negativo de 2.588 milhões.
