Ricardo Costa: “Em 2025 deve ser escolhido o socialista mais bem preparado”
Perante uma sala com mais de uma centena de militantes, entre os quais António Magalhães, antigo presidente da Câmara Municipal, Ricardo Costa assumiu-se como candidato à Comissão Política Concelhia do PS para o mandato de 2022 a 2024. Ausente da lista socialista que venceu as Autárquicas de 26 de setembro, o ex-vereador afirmou a vontade de ter uma “concelhia a crescer em quantidade e qualidade”, que envolva os socialistas de Guimarães. “Sou candidato às eleições da Comissão Política Concelhia, previstas para janeiro de 2022, para envolver todos os socialistas, que permita rasgar o nosso futuro com ambição”, proclamou.
Para o anterior responsável pelo desenvolvimento económico e pelo desporto na Câmara Municipal, esses ingredientes são essenciais para o partido “se unir” e “ter um projeto mais forte do que nunca em 2025”. Ricardo Costa frisou aliás a exigência de se “começar a preparar desde já” o ciclo político que seguir-se-á ao recém-iniciado na quinta-feira, no qual os socialistas terão de apresentar um novo candidato à Câmara Municipal e 15 novos candidatos às Juntas de Freguesia.
“Há a intenção clara de construir uma candidatura vitoriosa para o município e para as freguesias para 2025. O objetivo é construir um PS ainda mais forte em 2025. Depois de figuras como António Magalhães e Domingos Bragança, terá de ser escolhido o candidato socialista mais bem preparado”, vincou.
O candidato à Concelhia Política rejeitou, contudo, adiantar se pensa ser esse candidato socialista em 2025: “Não posso responder. Respeito os órgãos estatutários do PS. A próxima comissão política terá de fazer um trabalho de proximidade e só a que estiver em funções em 2024 pode escolher o candidato. Defendo propósitos antes de pessoas”, disse.
“A primeira pessoa que soube da minha candidatura foi o Luís Soares”
Ricardo Costa vincou que a candidatura se reveste de “ambição” e de “transparência”, características de que não abdica na política, e revelou que o atual presidente da Comissão Política Concelhia, o também taipense Luís Soares, foi o primeiro a saber da sua decisão.
“Ontem, às 23h20 a primeira pessoa que soube que me ia candidatar foi o meu camarada Luís Soares. Telefonei-lhe para lhe comunicar a decisão”, disse.
Convencido de que pode superar o atual “descrédito da classe política”, transformando o que é visto como “cadastro” em “currículo”, o socialista enalteceu ainda a “manifestação de confiança nas urnas” de que foi alvo o atual presidente da Câmara, Domingos Bragança. O candidato à Concelhia disse mesmo subscrever na íntegra os 30 compromissos para Guimarães apresentados pelo PS na última campanha eleitoral, até porque crê que o seu contributo está lá vertido.
A análise distrital foi diferente, já que o PS ganhou cinco Câmaras e o PSD nove. Ricardo Costa não poupou nas críticas à federação presidida por Joaquim Barreto, que o venceu nas eleições de julho de 2020 (56% contra 44%).
“O resultado no conjunto do distrito não correspondeu aos objetivos do PS. O propósito do PS deve ser o de liderar com a maioria das autarquias do distrito, como acontece no país”, disse. Apesar de enaltecer as vitórias em Guimarães, Fafe, Vizela e Póvoa de Lanhoso e as recuperações de votação em Braga e Famalicão, Ricardo Costa criticou a falta de união do partido em Cabeceiras e em Celorico de Basto, bem como a perda do concelho de Barcelos, atribuindo culpas ao que considerou ingerência da Distrital nas decisões da Concelhia.
Além de António Magalhães, marcaram presença na cerimónia outros rostos socialistas conhecidos como Vítor Oliveira, chefe do Gabinete da Presidência da Câmara entre 2017 e 2021, Francisco Teixeira, vereador nos anos 90, e Castro Antunes, presidente da Junta de Freguesia de Azurém.