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Rui Armindo Freitas eleito presidente da AM… com votos do PS pelo meio

Tiago Mendes Dias
Política \ sábado, novembro 01, 2025
© Direitos reservados
Com 50 deputados eleitos nas Autárquicas, a lista da coligação Juntos por Guimarães precisava de mais seis votos, mas obteve 62, contra 46 do PS. Eleito diz que democracia “não se esgota no voto”.

Rui Armindo Freitas é o novo presidente da Assembleia Municipal (AM) de Guimarães. Cabeça de lista da coligação Juntos por Guimarães para a AM nas Autárquicas de 12 de outubro, vai liderar o órgão deliberativo no mandato que se estende até 2029, com Natália Fernandes como 1.ª Secretária e Teresa Esquível como 2.ª Secretária.

A eleição foi consumada na primeira sessão da AM do mandato 2025-2029, com duas listas a escrutínio, já que nenhum dos partidos representados obteve uma maioria absoluta nas Eleições Autárquicas: o PS elegeu 52 deputados, a coligação JpG 50, o Chega seis, a CDU dois e a IL um.

Perante esse impasse, as duas forças políticas mais votadas propuseram listas para presidir à Assembleia Municipal, com o PS uma lista encabeçada por Pedro Roque, com Ana Rita Oliveira a 1.ª Secretária e Patrícia Lemos a 2.ª Secretária. Apesar de ser a segunda força com mais deputados, por ter eleito menos cinco presidentes de Junta do que o PS, a coligação JpG teve a maior votação para o órgão em 12 de outubro, pelo que coube a Rui Armindo Freitas dirigir a sessão nessa condição.

O secretário de Estado do Governo de Luís Montenegro estabeleceu um período de uma hora para a votação dos deputados, que viria a prolongar por mais meia, fruto da ausência de alguns presidentes de Junta para tomadas de posse nas respetivas autarquias. Eduardo Fernandes, de Souto São Salvador, Souto Santa Maria e Gondomar, e José Dias, de Brito, votaram perto do limite, mas Augusto Mendes, de Caldelas, já não teve essa oportunidade.

O recém-empossado presidente da Junta de Caldas das Taipas chegou dois minutos depois do encerramento da votação. Deputado eleito pelo PS, José Bastos, ainda fez um requerimento para o ato se prolongar por cinco minutos, mas Rui Armindo Freitas recusou, justificando que já prolongara a votação para além do horário previsto.

Contados os votos, a coligação JpG obteve 62 votos e o PS 46, verificando-se ainda duas abstenções num universo de 110 votos. Na hipótese de reunir os votos de todas as forças políticas à exceção do PS, a coligação PSD/CDS-PP poderia obter um máximo de 59 votos. Isso significa que houve deputados socialistas a votar na lista de Rui Armindo Freitas.

 

“É essencial que as novas gerações sintam que este espaço lhes pertence”

Num breve discurso após a eleição, Rui Armindo Freitas vincou que a AM é “um dos espaços mais nobres da política vimaranense”, onde se “constroem as pontes de entendimento” para definir o futuro do território. Elogioso para com a “longa história de participação e cidadania” de Guimarães, o recém-eleito presidente do órgão apelou aos cidadãos para participarem nas sessões públicas, vincando que “a democracia não se esgota no voto”.

Os mais jovens também mereceram atenção: “É essencial que as novas gerações sintam que este espaço lhes pertence. A política precisa da sua criatividade, energia e exigência. Que participem em associações. Têm de estar presentes para que as instituições falem a sua linguagem. Nenhum concelho será verdadeiramente forte se não der voz à geração que o vai liderar amanhã”.

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