Rui Borges foca o sexto lugar via Rio Maior. Vitória? “Deixa-me lisonjeado”
O plantel do Moreirense está tranquilo, mas podia deixar-se levar por algum relaxamento. Afinal, garantiu há muito o principal objetivo em época de regresso à elite do futebol nacional: a permanência. Mas a equipa se se veste de xadrez verde e branco passou quase toda a temporada no sexto lugar e quer agarrá-lo, de preferência este domingo, na visita ao Casa Pia, outra equipa desafogada na derradeira fase da temporada, fruto do 11.º lugar que ocupa.
Mas o trabalho dos seus jogadores tem “sido melhor do que estava à espera” rumo a um encontro difícil, perante um adversário que melhorou muito com Gonçalo Santos, e a dois objetivos por concretizar: além do sexto lugar e consequente acesso à fase de grupos da Taça da Liga, a equipa também quer fazer história no número de pontos, superando os 52 alcançados em 2018/19, outra época que valeu o sexto lugar, sob a batuta de Ivo Vieira.
“Daremos boa resposta perante um adversário que melhorou desde a entrada do Gonçalo para treinar. É organizada, coesa, ofensivamente com boas dinâmicas. Tem feito belíssimos jogos. Há mérito do Gonçalo, que tem conseguido retirar da equipa o máximo. Espera-se-nos um jogo difícil, com duas equipas tranquilas. Estamos focados nos nossos objetivos: o sexto lugar e o recorde de pontos”, disse, na antevisão ao desafio da 33.ª jornada da Liga Portugal Betclic, marcado para as 18h00 de domingo, em Rio Maior.
Para ilustrar a confiança nos seus jogadores, Rui Borges adiantou que Gilberto Batista vai ser titular no eixo da defesa, após a estreia na receção ao Vizela, no caso para substituir o lesionado Maracás e prometeu que Miguel Rebelo e Mika, jogadores ainda sem minutos oficiais, vão ser utilizados até ao final da temporada. Assim o justifica o trabalho de jogadores não tão enaltecidos no cenário do futebol português como deveriam.
“Mereciam ser mais enaltecidos pelo que fizeram. Merecem mais do que ninguém o sexto lugar. O Arouca fez uma boa segunda volta e está na luta pelo sexto lugar, mas, pelo que foi a época, a nível de regularidade, o Moreirense não tem comparação a nenhuma outra equipa do campeonato, a não ser os cinco primeiros. Merecia ser muito mais falado de forma individual e coletiva”, frisou.
O técnico de 42 anos comentou ainda o alegado interesse do Vitória SC, apesar de ter lembrado o contrato válido com os cónegos até 2026 e o foco no encontro de domingo com os gansos.
“Eu tenho contrato com o Moreirense, renovei a meio da época. Se em algum momento isso acontecer [transferência para o Vitória], terá de passar pelo clube. É sinal de que o nosso trabalho é reconhecido. Ser associado a clube como o Vitória deixa-me lisonjeado, é um cube grande do nosso campeonato. Fico feliz por ver o nosso trabalho reconhecido. Já foi reconhecido o nosso trabalho cá dentro, com a renovação, também é fora do clube. Os jogadores é que fazem os treinadores. Mais do que isso é seguir o nosso caminho”, vinca.