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SMS fala de Catarina de Lencastre, poetisa vimaranense do século XVIII

Redação
Cultura \ quarta-feira, outubro 12, 2022
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Intitulada “Cartografias do Feminino”, a sessão sobre a escritora ligada à casa de Vila Pouca realiza-se a 22 de setembro, no âmbito do protocolo com o município brasileiro de Chapada dos Guimarães.

A obra de Catarina de Lencastre, poetisa nascida em Guimarães a 29 de setembro de 1749, vai ser dada a conhecer em “Cartografias do feminino”, uma conferência agendada para as 16h30 de 22 de outubro, um sábado, na Sociedade Martins Sarmento.

Docente da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Maria Luísa Malato Borralho vai falar sobre a vida e a obra de uma escritora oriunda da família da Casa de Vila Pouca, reconhecida então pelo prestígio político e pela ligação à cultura. Esse momento servirá também para se perceber a “dificuldade de conhecer uma mulher do século XVIII, de localizar o que terá sido a sua produção literária, de quais terão sido as suas motivações e inspirações”, frisa o comunicado da Câmara Municipal de Guimarães.

A tarde congrega ainda a interpretação de música da época, pela Sociedade Musical de Guimarães, e declamação da poesia de Catarina de Lencastre por jovens de Chapada dos Guimarães, na mesma semana em que o prefeito do município do estado brasileiro de Mato Grosso, Osmar Froner, efetua uma visita institucional à cidade-berço.

A presença de Chapada de Guimarães, território com o qual Guimarães já tem um protocolo de amizade e uma parceria no âmbito do programa ambiental Pegadas, deve-se à ligação que o marido de Catarina de Lencastre, Luís Pinto de Sousa Coutinho, estabeleceu com Mato Grosso; ele foi governador do Estado entre 1769 e 1772, período em que alegadamente influenciou a mudança do nome daquele município, de Santana de Chapada para Santana de Chapada dos Guimarães.

Catarina não esteve com o marido no Brasil, mas seguiu depois com ele para Inglaterra, quando ocupou o cargo de embaixador. Entre 1774 e 1775, a escritora decidiu não aparecer em público durante um ano para aprender inglês, francês e italiano. Só depois abre a sua casa aos políticos e intelectuais com que a família se relacionava, adianta a nota da autarquia.

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