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Sob o signo da inclusão, Guimarães vai "dançar com a diferença"

Pedro C. Esteves
Cultura \ segunda-feira, abril 26, 2021
© Direitos reservados
Programação do Quadrilátero Cultural foi apresentada esta segunda-feira. Guimarães propõe "um olhar diferente" para a dança contemporânea com um espetáculo de Vera Mantero.

Porque cultura é "mais do que programação", é também intervenção no território, os quatro municípios que compõem o Quadrilátero Cultural - Guimarães, Braga, Vila Nova de Famalicão e Barcelos - divulgaram a programação para 2021. A proposta em rede, apresentada esta segunda-feira no Theatro Circo, em Braga, contou com a presença de Adelina Paula Pinto. "Se a cultura tem por grande objetivo estimular e abrir mentes, temos também que abrir os territórios", afirmou a vice-presidente da Câmara Municipal de Guimarães, em representação d'A Oficina.

E abrir territórios é sinal de inclusão, algo patente nas quatro iniciativas elencadas na apresentação. A proposta vimaranense vai no sentido de dar à dança contemporânea "um olhar diferente", sintetizou o assessor do Conselho Executivo da Associação Quadrilátero. Nuno Cunha referia-se ao espetáculo de Vera Mantero para a companhia Dançando com a Diferença. Programado pel’A Oficina, o projeto-piloto criado em 2001, na Região Autónoma da Madeira, traz ao Minho a simbiose e junção em palco de pessoas com e sem deficiências por uma só causa: dançar.

"[O espetáculo] convida-nos a a ser mais inclusivos nas suas múltiplas dimensões e a arte é, per si, uma dimensão muito inclusiva", explicou Adelina Paula Pinto. "Começamos em Guimarães no dia 1 de maio e avançamos em julho para os restantes municípios, acreditando nos vai ajudar a olhar de forma diferente para a dança contemporânea".

No decorrer da apresentação do programa cultural, vincou-se o propósito da convivência entre estes quatro municípios: dinamizar, fomentar a diferenciação e diminuir assimetrias. Um trabalho contínuo que visa "valorizar o património cultural material, edificado e imaterial ou natural do território", indicou Nuno Cunha.

Nos restantes três vértices deste quadrado cultural, destaque para o relevo dado por Barcelos aos instrumentistas, ao ciclo de piano contemporâneo dinamizado por Braga e para a elevação do circo contemporâneo proposto por Famalicão.

Como se trata de uma proposta em rede, as iniciativas vão marcar presença em todos os municípios. Após a estreia em Guimarães, o espetáculo de Vera Mantero vai passar pelo Jardim do Mosteiro de Tibães (Braga) a 17 de julho, pela Alameda do Mosteiro de Landim (Famalicão) a 23 de julho, e pelo Largo Dr. José Novais (Barcelos) a 30 de julho.

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