Sonus Art Fest volta “maior e melhor”, com estreia absoluta em Portugal
O Sonus Art Fest emergiu no ano passado como uma extensão da revista Sound, o veículo que João Lemos, Pedro Carvalho e Filipe Carvalho criaram para expressar em palavras e em imagens o gosto pelo rock e pela pop contemporâneas. Martim Seabra, Jasmim, Sunflowers e Chavalo Marinho foram os artistas que deram vida à edição inaugural do evento, criado para assinalar o terceiro aniversário da publicação fundada em 01 de outubro de 2019 como SoundScout – reunia música e futebol antes de ser dividida. Neste ano, o festival extravasa as fronteiras portuguesas e acolhe o primeiro concerto em Portugal dos Deadletter, banda pós-punk radicada em Londres, embora com origens em Yorkshire, no norte de Inglaterra.
“Para o nosso quarto aniversário, quisemos criar algo maior e melhor. Surgiu a oportunidade de trazermos uma banda internacional. Estavam em tour e surgiu a oportunidade de os trazer ao nosso festival”, explica ao Jornal de Guimarães um dos promotores, João Lemos.
O Sonus Art Fest também expande os horizontes em solo luso, apresentando os ritmos e as batidas de Império Pacífico, dupla constituída por Luan Bellussi e Pedro Tavares que lançou “Clubs Hit”, um dos melhores álbuns da primeira metade de 2023 para o jornal britânico The Guardian, ou Hause Plants, banda lisboeta que participou no mais recente MEO Kalorama. O alinhamento para a noite de 30 de setembro conta ainda com Marinho, artista folk que, em 2021, participou no Eurosonic Noorderslag, festival para músicos emergentes em Groningen, nos Países Baixos.
O palco é o mesmo de 2022 – o átrio das salas de garagem do Teatro Jordão, para uma plateia de pé -, mas o programa é mais ambicioso e a entrada paga, em vez de gratuita. “É um evento que será pago. Tivemos de colocar restrições, porque, sem esse pagamento, seria impossível promover o evento. A nossa ideia sempre foi aumentar a qualidade”, vinca, explicando que os bilhetes early bird estão disponíveis a oito euros até 23 de setembro, na página oficial do evento, na plataforma Xceed e nos bares Oub'Lá e Ramada 1930. Na semana que antecede o evento, o custo sobe para 10 euros.
Exposições e showcases na ASMAV
Os concertos com entrada paga arrancam às 21h30, mas o Sonus Art Fest também disponibiliza um programa gratuito para a tarde, entre as 15h00 e as 19h30, no salão da Associação de Socorros Mútuos Artística Vimaranense (ASMAV), na rua Gil Vicente. Esse programa inclui as showcases musicais de Gnu, Bergalgo, Correr Andar e Van Bloom, bem como as exposições de Pedro Almeida, Inês Mendes, Creepy Isa, Matilde, Fausto, Hugo Sousa e Gonçalo. O propósito é o de “dar palco à música em Portugal”, que “merece oportunidades”, e sair do roteiro habitual quanto a anfiteatros de música na cidade, vinca João Lemos. “O nosso festival é eclético na parte artística – temos exposições de escultura, pintura, ilustrações, fotografia, variadas artes, de artistas emergentes. E damos oportunidade a um espaço não tão utilizado. A nossa ideia é explorar novos espaços em Guimarães”, sublinha.
Uma semana antes, realiza-se o warm up do Sonus Art Fest, no Oub’Lá.