Teatro une moradores das Coradeiras e Mataduços e estudantes de medicina
O cruzamento entre os moradores dos bairros municipais de Coradeiras e de Mataduços, em Fermentões, e estudantes da Escola de Medicina da Universidade do Minho é o cerne do COMvivência(s), projeto que é promovido pela Paisagem Periférica Associação e apresentado esta quarta-feira, a partir das 14h30, no Teatro Jordão.
Financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian e pela Fundação la Caixa ao abrigo da terceira edição do Partis & Art for Change, a iniciativa visa a criação de relações “a partir de protocolos poéticos/performativos de encontro” e a multiplicação de “visões alternativas sobre modos de estar, ser e existir dos participantes”.
“O campo expandido da saúde mental e bem-estar é o pano de fundo subjacente ao diálogo e às interações. Prevê-se a participação dos moradores e estudantes em diferentes momentos, recorrendo a várias estratégias de proximidade, numa lógica de propagação e contaminação. COMvivência(s) propõe-se ativar a prática teatral enquanto prática do cuidado, onde indagar a “relação com o outro” é uma dramaturgia e uma ética, que se constrói numa troca partilhada de abertura e vulnerabilidade”, refere a nota de imprensa alusiva ao projeto.
O projeto é uma oportunidade para os moradores dos bairros cuidarem dos “territórios do eu”, através de “mais interação com outros, mais coletivo, mais ligação ao espaço, mais relação com o exterior”. Para os alunos de medicina, “o objetivo é abrir os marcadores científicos da saúde a uma visão expandida dos cuidados com a saúde mental e bem-estar na qual a prática teatral seja vivenciada”, acrescenta.