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Tiago Gil Oliveira premiado por avanços no diagnóstico do Alzheimer

Redação
Ciência & Tecnologia \ quarta-feira, fevereiro 12, 2025
© Direitos reservados
Investigador de Guimarães recebeu o Prémio BIAL 2024 pelo seu estudo sobre Alzheimer, que identifica áreas do cérebro mais afetadas e ajuda no diagnóstico precoce e em tratamentos mais eficazes.

O médico e investigador vimaranense Tiago Gil Oliveira foi distinguido com o Prémio BIAL de Medicina Clínica 2024, no valor de 100 mil euros, pelo seu estudo sobre a doença de Alzheimer. A sua investigação permitiu identificar as regiões do cérebro mais afetadas pela acumulação de proteínas tóxicas, responsáveis por sintomas como perda de memória e desorientação. Ao compreender como essas proteínas atuam e ao mapear as áreas mais vulneráveis, o estudo abre caminho para diagnósticos mais precoces e tratamentos mais eficazes.

“Comecei por estudar um conjunto de doentes, já depois de falecerem, analisando a distribuição das proteínas tóxicas. Depois, estudei as ressonâncias magnéticas cerebrais desses doentes quando ainda estavam vivos. Como algumas regiões do cérebro humano são semelhantes às dos ratos, utilizei também modelos genéticos para testar como a manipulação de certas vias moleculares afeta a aprendizagem e a memória”, explicou Tiago Gil Oliveira, professor na Universidade do Minho e neurorradiologista no Hospital de Braga.

A doença de Alzheimer é uma das mais comuns a afetar o cérebro, com o risco a aumentar com a idade. Os avanços na identificação das regiões mais vulneráveis contribuem para um diagnóstico mais preciso. Com a possível introdução em Portugal de novas terapias com anticorpos, a investigação de Tiago Gil Oliveira reforça a necessidade de personalizar os tratamentos de acordo com as particularidades de cada paciente.

“É uma grande honra ser reconhecido com este prémio, um dos mais importantes em Portugal na área da medicina. Espero que momentos como este ajudem a valorizar a carreira de médico-investigador e a melhorar as condições em que a nossa equipa trabalha”, afirmou.

Luís Portela, Presidente da Fundação BIAL, destacou que este prémio “reflete o compromisso contínuo com a excelência científica e a investigação médica, que contribuem para avanços significativos na saúde humana".

Este reconhecimento reforça a importância da investigação na luta contra o Alzheimer, trazendo novas perspetivas para um diagnóstico mais rápido e tratamentos mais eficazes.

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