skipToMain
ASSINAR
LOJA ONLINE
SIGA-NOS
Guimarães
31 março 2025
tempo
18˚C
Nuvens dispersas
Min: 17
Max: 19
20,376 km/h

Tó Trips dá um inédito concerto de abertura num Westway com 23 atuações

Tiago Mendes Dias
Cultura \ quinta-feira, março 20, 2025
© Direitos reservados
Espetáculo decorre a uma quarta-feira, dia 09 de abril, na Igreja de São Francisco. Área de conferências conta com novas iniciativas. Cineasta Aki Kaurismaki regressa a Guimarães.

A dimensão ao vivo da 12.ª edição do Westway LAB, festival que reúne sempre os espetáculos, a criação em residência artística e as conferências, conta com 23 concertos proporcionados por artistas de 11 países. O primeiro estará a cargo de Tó Trips, músico reconhecido pelo trabalho nos Dead Combo, pelos discos a solo e também pela composição de bandas sonoras para cinema. O espetáculo está marcado para as 19h30 de 09 de abril, quarta-feira, na Igreja de São Francisco, naquele que será um formato inédito no festival.

Ainda na quarta e na quinta-feira, o café-concerto do Centro Cultural Vila Flor (CCVF) acolhe as obras provenientes das residências artísticas no Centro de Criação de Candoso, antes de, na sexta e no sábado, o auditório e a nave do Teatro Jordão, o palco do Grande Auditório do CCVF e o café-concerto acolherem espetáculos de nomes portugueses como emmy Curl, Lana Gasparotti, Fidju Kitxora, Them Flying Monkeys ou Máquina, banda que vai estrear ao vivo parte do novo álbum, e internacionais, como Gotopo, artista venezuelana sediada em Berlim, a belga Martha Da’ro, o brasileiro Chico Bernardes, os neerlandeses Collignon ou as suecas MaidaVale. Os bilhetes diários custam 20 euros e o passe para os dois dias 30.

No sábado à tarde, há ainda tempo para os habituais concertos pela cidade: Visco e Homem em Catarse atuam no Ramada, JoeJas e IBSXJAUR no Convívio e os italianos Maria Chiara Argiró e C’Mon Tigre no Centro para os Assuntos de Arte e Arquitetura.

Já as conferências passam a incluir as dimensões Westway Stories, onde vão ser partilhados casos de sucesso de quem tentou enveredar por uma carreira na música, mas também de insucesso, e Westway Future, na qual será discutido o futuro da música e do cinema e questões relacionadas com tecnologia e direitos de autor.

O diretor artístico da cooperativa A Oficina para as artes performativas, Rui Torrinha, realçou que o Westway LAB é “um evento para toda a gente”, ainda que haja iniciativas “mais vocacionados para os profissionais”, e que a aposta continua a visar todo o continente europeu, abrindo portas “a concursos de investimento e financiamento à internacionalização”. Programador do festival, Torrinha vincou ainda que o Westway LAB conta todos os anos com músicos presentes no Eurosonic, o mais reconhecido festival de músicos emergentes, realizado anualmente em janeiro, em Groningen (Países Baixos), e que é praticamente ponto de passagem obrigatório para qualquer banda emergente em Portugal.

“Talvez seja difícil apontar uma banda que não tenha estado no Westway. Todas as bandas emergentes de Portugal passaram por cá. Fomos criando uma série de ativos que se repercutiu no Eurosonic. Este é um festival mais vocacionado para a descoberta do que para servir de blockbuster. Serve para abrir caminhos e para oportunidades mais do para ter uma seleção best of do que há em Portugal”, frisou.

 

Aki Kaurismaki regressa a Guimarães

Entre as várias conferências que integram o programa do Westway LAB, estejam elas voltadas para a avaliação do estado da arte na música e na sua relação com o cinema ou preparadas para dar conta de possíveis futuros. Os protagonistas das conferências keynote serão The Legendary Tigerman, com “Música para cinema: um novo prazer criativo ou objetivo financeiro?”, no dia 10 de abril, às 17h00, e a parelha formada por Rodrigo Areias, realizador vimaranense e timoneiro da produtora Bando à Parte, e Aki Kaurismaki, reconhecido cineasta finlandês, que passou pela cidade em 2012, aquando da Capital Europeia da Cultura, à mesma hora, mas no dia 11.

“Trazer alguém como Aki Kaurismaki tem a ver com a proximidade com a cidade. O impacto no cinema de autor contemporâneo, mas também a abordagem musical única no cinema”, vincou Rodrigo Areias, na sessão de apresentação do programa, esta quarta-feira.

Outra conferência que explora a relação entre som e imagem é a do cineasta português Edgar Pêra e do finlandês Turo Pekari, da Music Finland, denominada “Som e imagem: como está a IA a mudar o conceito de criatividade?”, em 11 de abril, às 11h00. “O Edgar vai falar mais sob o ponto de vista de um criador, um ponto de vista de um artista radical que usa a ferramenta para criar e não para substituir”, prosseguiu Areias.

Vereador municipal para a cultura e presidente d’A Oficina, Paulo Lopes Silva também interveio na apresentação, vincando que o Westway LAB tem “funcionado como rampa de lançamento” para vários projetos europeus, e enaltecendo o papel de Guimarães na produção de cinema, a partir da Bando à Parte. O responsável político esclareceu ainda que o festival vai respeitar o Compromisso de Lille, que visa uma pegada carbónica neutra em eventos culturais.

“O que estamos a fazer por um lado é preservar um planeta onde podemos fazer cultura, o que já não é pouco. Depois a arte tem este efeito de contágio, que leva as pessoas a mudar de atitude e de mentalidade”, frisou.

Podcast Jornal de Guimarães
Episódio mais recente: O Que Faltava #93