Trabalho de Gonçalo Maia Marques sobre vinho verde premiado em Guimarães
Atribuído todos os anos pelos municípios de Guimarães, Braga e Famalicão e pela Sociedade Martins Sarmento, com a chancela científica da Academia de Ciências de Lisboa, o Prémio de História Alberto Sampaio foi, neste ano, entregue em Guimarães. O historiador Gonçalo Maia Marques foi galardoado em 01 de dezembro na sala de conferências do Museu de Alberto Sampaio pelo trabalho “Do vinho de Deus ao vinho dos Homens: o vinho, os mosteiros e o Entre Douro e Minho”.
O historiador da Faculdade de Letras da Universidade do Porto escreveu sobre práticas e técnicas de viticultura, castas e tipos de vinhedos, estruturas vinícolas de produção e armazenamento, circuitos comerciais, consumos e gostos dos beneditinos de vinho verde e vinho maduro a partir dos Estados da Ordem de S. Bento (de 1629 a 1822) e de diversos arquivos do Porto (Arquivo Distrital e Casa do Infante), do restante Norte, de Coimbra (AUC) e de Lisboa (ANTT).
“Este estudo histórico assume-se também como uma contribuição valiosa para a sociedade, fundamentando o património material e imaterial que é o vinho verde na região de Entre Douro e Minho”, escreveu o júri aquando do anúncio do vencedor do prémio.
Presente na cerimónia, a vice-presidente da Câmara Municipal de Guimarães enalteceu a forma apaixonada como o investigador distinguido apresentou o seu trabalho e também o papel de Emília Nóvoa, pelo impulso para a criação do prémio e por “não deixar morrer Alberto Sampaio”. Adelina Paula Pinto destacou ainda o papel de Guimarães como “cidade educadora”, que se orgulha de ter instituições a trabalharem em prol do saber, como o Museu de Alberto Sampaio e a Sociedade Martins Sarmento.
Instituído em 1995, o prémio tenciona homenagear e manter viva a pessoa e obra de Alberto Sampaio, promovendo o desenvolvimento dos estudos científicos e investigação nas áreas ligadas ao seu legado, em especial, nas disciplinas da história social e económica”.