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Três estocadas no Dragão embalam Vitória oportuno para a final four

Tiago Mendes Dias
Desporto \ quinta-feira, dezembro 04, 2025
© Direitos reservados
Mais segura na etapa complementar do que na primeira metade, equipa de Luís Pinto foi implacável a aproveitar erros defensivos do FC Porto num triunfo que garante terceira meia-final da Taça da Liga.

A entrada em campo esteve longe de ser a melhor, mas o Vitória SC tinha uma arma bem guardada para inverter o rumo dos acontecimentos: a frieza com que viria a aproveitar as mais clamorosas falhas defensivas do FC Porto.

No final de um jogo mais transpirado do que inspirado, por vezes até bizarro – o médico vitoriano foi expulso quando assistia João Mendes -, a gélida eficácia preta e branca cara a cara com a baliza definiu o resultado do último jogo dos quartos de final da Taça da Liga: 3-1 para o Vitória em pleno Estádio do Dragão. Pela terceira vez na sua história, o clube de Guimarães vai disputar as meias-finais da prova, depois de o ter feito em 2008/09 e em 2019/20. O adversário será o Sporting, a 6 de janeiro, em Leiria, palco da final four da competição.

O Vitória apresentou-se com três alterações face ao triunfo sobre o AVS: Strata, Mitrovic e Samu apareceram a titulares, nos lugares de Miguel Maga, Gonçalo Nogueira e Noah Saviolo. Remodelado face à passada sexta-feira, o meio-campo vitoriano sentiu dificuldades em impor-se perante Alan Varela, Eustáquio e Gabri Veiga, segurando a bola por pouco tempo, quando a recebia.

Bem mais modificado na sua configuração, com nove caras novas face ao triunfo de domingo sobre o Estoril, a equipa azul e branca contornou a primeira linha de pressão vitoriana com relativa facilidade e encontrou caminhos para chegar à área vitoriana, ora com recurso à posse de bola em progressão, ora pelo passe longo. É precisamente um lançamento em profundidade que está na origem do golo inaugural do desafio: Pablo Rosario colocou a bola no espaço entre Rivas e Strata, aproveitado por Gabri Veiga para entrar na área e bater Castillo com um chapéu.

A equipa da casa adiantava-se no marcador sem especial esforço ofensivo e controlou as incidências do jogo a partir daí: mesmo a um ritmo mais baixo, circulou a bola com segurança. Se atrás, os homens trajados de negro mostravam-se nervosos nos momentos sob pressão – isso foi notório em Castillo, guarda-redes que se tem distinguido pela postura calma -, à frente a equipa raramente incomodava.

Com um meio-campo pouco participativo na manobra ofensiva, o Vitória dependeu quase sempre das iniciativas de Telmo Arcanjo na direita para se aproximar da baliza contrária. O golo do empate surgiria, porém, no outro corredor, numa jogada que misturou a incompetência do portista Pablo Rosario e o sentido de oportunidade de Oumar Camara. O dominicano hesitou com a bola nos pés e o jovem francês do Vitória insistiu na pressão, com sucesso: ganhou o esférico e foi derrubado logo de seguida em plena área. O juiz Hélder Carvalho assinalou penálti sem hesitar e Nélson Oliveira converteu-o, ao enganar Cláudio Ramos.

O jogo prosseguiu numa toada morna até ao intervalo, antes de os portistas voltarem à carga ofensiva no início da segunda metade, com as entradas de Rodrigo Mora e de Samu, mas o golo saiu do pé esquerdo… do outro Samu, o do Vitória. Habitualmente forte na pressão, o médio vitoriano roubou a bola ao último jogador portista, Alan Varela, e avançou isolado para a baliza, superando Cláudio Ramos com um remate colocado.

Em vantagem, a equipa de Luís Pinto foi mais forte do que fora até então. A equipa organizou-se a defender no seu meio-campo, tapou linhas de passe e possíveis caminhos para o adversário entrar na área e limitou severamente a manobra atacante dos comandados de Farioli. Até ao apito final, os azuis e brancos não conseguiram melhor do que um par de ocasiões para marcar.

Pelo meio, o Vitória introduziu a bola nas redes contrárias, por Samu, aos 61 minutos, num lance invalidado por falta de Alioune Ndoye sobre Pablo Rosario, mas viria a fixar o 3-1 final já depois da entrada de Noah Saviolo em campo. O extremo belga, num dos seus habituais um para um, foi derrubado por Eustáquio na área contrária. Mais um penálti, mais uma conversão: com uma maturidade invulgar para um jovem de 18 anos, Oumar Camara atirou para o lado contrário de Cláudio Ramos e propulsionou a equipa vitoriana para Leiria.

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