Trotinetes. Oposição critica “caos” que dá “aspeto terrível à cidade”
As trotinetes e bicicletas partilhadas que há sensivelmente um mês estão a funcionar em Guimarães foram um dos temas discutidos na reunião de câmara desta quinta-feira. Vânia Dias da Silva, vereadora da oposição, pediu esclarecimentos à autarquia sobre uma “boa medida que devemos acarinhar”, mas que, no seu entender, “faz falta um regulamento”.
O primeiro problema apontado pela vereadora foi, desde logo, a instalação das bicicletas e trotinetes sem que as juntas de freguesia fossem informadas, sendo Caldas das Taipas dada como exemplo, na medida em que o presidente de junta, “que até é da mesma cor política”, admitiu publicamente não ter conhecimento. “Era preciso dar voz ativa às freguesias”, vincou.
Para além disto, a vereadora do CDS focou-se em mais dois problemas: a circulação e aglomerar das bicicletas e trotinetes. Em relação à circulação, Vânia Dias da Silva, lembrou que “o código da estrada diz que não podem circular no passeio, têm de circular na via da direita ou em ciclovias dedicadas”, não se mostrando agradada com o caminho seguido pelo município.
“O sr. presidente entendeu fazer uns desenhinhos na estrada, mal, dando a entender que são ciclovias. É confuso transformar as vias da cidade em ciclovias. Fazer estes desenhinhos na estrada confunde e baralha”, disse, acrescentando que é necessário “fazer um programa de retirar o trânsito do centro da cidade e estudar-se uma forma de ter uma mobilidade mais suave”.
Relativamente ao aglomerar destes veículos, Vânia Dias da Silva foi mais dura. A vereadora falou em “caos na cidade”, “uma vergonha com bicicletas amontadas” ou “um aspeto terrível de lixo urbano” que está a “desvirtuar uma coisa que é boa”. No entender da vereadora da oposição, “as pessoas têm que ser levadas a cumprir as boas normas, o que se faz com um regulamento que permita regular e sancionar quem não cumpra”.
Câmara diz que “impacto tem sido positivo”
Em resposta a estas críticas, Sofia Ferreira, vereadora com o pelouro da mobilidade, disse que este é “mais um passo importante que o município dá”, relembrando que o mesmo está a ser discutido há muito tempo: “o processo de regulamentação foi votado em reunião de câmara em junho de 2021”, complementou.
De resto Sofia Ferreira, reforçou a ideia de que “brevemente entrará em vigor um outro operador”, admitindo que “como é óbvio há uma maior concentração no centro”. “Tem tido impacto positivo, os pedidos que nos chegam é para reforçar em determinados pontos”, disse.
Em relação às vias dedicadas, “não havendo condições físicas no território que permitam a via dedicada”, como é o caso do centro, a vereadora Sofia Ferreira salienta que “a solução é perfeitamente adequada é não é única no nosso território”.