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“Um espaço identitário de Guimarães”. Fornos da Cruz de Pedra a funcionar

Bruno José Ferreira
Cultura \ terça-feira, outubro 01, 2024
© Direitos reservados
A missão originária d'A Oficina, “mostrar as Artes e Mesteres de Guimarães" tem agora uma casa. Já se pode visitar os Fornos da Cruz de Pedra. Aqui "cruza-se arte tradicional, património e cultura”.

“Uma casa pequena, mas com muito para mostrar”. Foi desta forma que Catarina Pereira, diretor d’A Oficina para as Artes Tradicionais, catalogou os Fornos da Cruz de Pedra, que esta terça-feira entraram oficialmente em funcionamento como Centro de Artes e Ofícios em que se “cruza arte tradicional, património e cultura”.

Depois de um longo percurso – o edifício foi adquirido pelo município em 1984, dando origem à Cooperativa A Oficina – teve lugar a visita inaugural, para dar corpo à missão d’A Oficina: “Cuidar do nosso património, como a Cantarinha dos Namorados e o Bordado de Guimarães”, frisou Paulo Lopes Silva.

O presidente da cooperativa e vereador com o pelouro da cultura encara esta “missão de mostrar as Artes e Mesteres de Guimarães com responsabilidade”, mas ao mesmo tempo com entusiasmo de “preservar e dar a conhecer” estas artes tradicionais. Uma missão que agora tem casa, num “espaço identitário de Guimarães”, enfatizou Domingos Bragança.

O presidente da Câmara Municipal de Guimarães “pôs a mão no barro”, literalmente, como fez questão de dizer e formulou um desejo: “este tem que ser um espaço de comunidade, os vimaranenses têm que vir cá experimentar, fazer o que eu fiz. Estamos a trazer a história ao presente”, sustentou.

Domingos Bragança aproveitou, de resto, o momento para lançar dois desafios ao funcionamento deste espaço, pedindo para se “recordar Joaquim Oliveira, o oleiro mor” da Cantarinha dos Namorados. Foi feito o desafio para que um dos espaços dos Fornos da Cruz de Pedra tenha o nome de Joaquim Oliveira.

Por outro lado, o edil sugeriu que “seja estabelecido um programa com as nossas escolas, para que o 1.º ciclo pudesse ter um dia, ou uma manhã, em que possam tocar no barro”. “Isso é muito importante, fica na memória, cria-se e ensina-se a identidade de Guimarães”, concluiu.

O Centro de Artes e Ofícios dos Fornos da Cruz de Pedra estará abeto de segunda-feira a sábado, sendo que até ao final do ano a entrada será gratuita, sendo depois reavaliado o funcionamento deste espaço.

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