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Das máscaras e resíduos têxteis, nascem cabides, sacos ou mantas

Redação
Desporto \ sexta-feira, fevereiro 10, 2023
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No âmbito do Rrrciclo, projeto para a economia circular, a Câmara apresentou alguns dos produtos criados a partir de têxteis e premiou as duas escolas que mais máscaras separaram para reciclagem.

Até agora em marcha com outras iniciativas, como a da separação de resíduos orgânicos, já em curso nas freguesias da cidade e nas vilas de Ponte e de Caldas das Taipas, o programa de Guimarães para a economia circular – Rrrciclo – também quer disseminar a separação de resíduos têxteis; afinal, cada vimaranense produz, em média, 17 quilos de resíduos têxteis por ano, quando a média de cada europeu se situa nos 11 quilos, adiantou a chefe da Divisão de Serviços Urbanos da Câmara Municipal de Guimarães, Dalila Sepúlveda.

Por ora, já converteu alguns desses resíduos em produtos expostos sob os arcos dos antigos paços do concelho, entre as praças de Santiago e da Oliveira, numa conferência de imprensa acerca do projeto: via-se cabides, sacos de compras com a inscrição “Um mercado sem plástico” e mantas. “Guimarães tem tradição na indústria têxtil, e os seus resíduos são indiferenciados. 5% do lixo indiferenciado são resíduos têxteis, pós-consumo e antes de consumo”, acrescentou a responsável.

Através dos resíduos têxteis de Guimarães já separados, criaram-se dois mil sacos de compras, alguns deles entregues à presidente da Associação de Comércio Tradicional de Guimarães (ACTG), Cristina Faria, para distribuir pelos estabelecimentos associados e, consequentemente, clientes. Já as mantas, 140 no total, foram entregues à Associação Vimaranense de Hotelaria (AVH); os seus associados podem utilizá-las nas esplanadas.

Já as máscaras cirúrgicas apareceram como resíduo decorrente da pandemia de covid-19, o que levou a Câmara Municipal de Guimarães, em parceria com a Vitrus, o Laboratório da Paisagem e a ToBeGreen, spin-off da Universidade do Minho dedicada à redução do desperdício têxtil, a instalar, em 2021, ecopontos nas escolas do concelho.

A iniciativa conduziu à recolha de 25 mil máscaras, com a EB 2 e 3 de Caldas das Taipas e a EB 2 e 3 de Pevidém a destacarem-se. “Quase todas as semanas, recebíamos mensagens para irmos às Taipas ou a Pevidém recolhermos máscaras. As duas escolas estão de parabéns. Mas diga-se que todas as escolas reciclaram”, realçou Dalila Sepúlveda.

A partir dessa separação, foi possível produzir 2.000 suportes para telemóvel, que serão entregue aos alunos dessas duas escolas, e 800 cabides para vestuário, estimou a Chefe da Divisão de Serviços Urbanos, antes de o diretor da EB 2 e 3 de Caldas das Taipas, João Montes, e de a diretora adjunta da EB 2 e 3 de Pevidém, Corina Augusto, receberem uma lembrança das mãos da vereadora do ambiente, Sofia Ferreira, pelos desempenhos dos respetivos estabelecimentos de ensino.

Na conferência de imprensa, Sofia Ferreira expressou a intenção de ver alargada a “recolha seletiva” para, daí, se criarem mais produtos, e anunciou a instalação de ecopontos de recolha de vestuário pós-consumo nas quatro escolas secundárias de Guimarães – Martins Sarmento, Francisco de Holanda, Santos Simões e Caldas das Taipas. Adiantou também que o Laboratório da Paisagem está a “proceder ao mapeamento dos resíduos têxteis” em todo o concelho.

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