Uncover 2026 decorre entre 12 e 15 de março. Capicua é nome confirmado
A segunda edição do Uncover, festival que visa discutir o papel da imagem na construção de narrativas sociais e de poder, vai-se realizar entre 12 e 15 de março de 2026, novamente em Guimarães.
Depois de ter acolhido convidados como Cristina Viana, Gonçalo M. Távares, Luís de Matos, Nuno Gervásio, Dread Scott, Clara Não ou Pedro Morgado na edição inaugural, decorrida na Garagem Avenida, o Uncover de 2026 já conta com três nomes confirmados: Capicua, Bobby Duffy e Franco Berardi.
Autora de quatro álbuns, desde Capicua (2012) até Um gelado antes do fim do mundo (2025), a rapper e escritora portuguesa marca presença na sessão de abertura, a 12 de março, numa intervenção que “parte das atuais ameaças à democracia para refletir sobre formas de resistência, sobre ser mulher hoje e o papel transformador da arte”. “Entre a palavra e a ação, Capicua traz-nos o seu olhar sobre como o feminismo e o pensamento crítico podem desafiar narrativas dominantes e abrir espaço para novos futuros”, realça o Gerador, plataforma editorial responsável pela organização.
Já Bobby Duffy, diretor do Policy Institute do King’s College, estará na cidade-berço em 14 de março. Autor de “Os perigos da perceção”, livro que aborda o fosso entre factos e crenças, o investigador dirigiu o Instituto Ipsos, entidade vocacionada para a investigação social, que realizou o maior estudo do mundo sobre perceções públicas. Em Guimarães, Bobby Duffy vai apresentar o primeiro estudo em Portugal que confronta realidade e perceção, que coordenou em colaboração com o Gerador.
No dia 13, Franco Berardi, filósofo, escritor e teórico da comunicação, apresenta uma masterclass acerca de como “imagem e a perceção se tornaram instrumentos centrais no discurso populista e demagógico, moldando emoções coletivas e distorcendo a experiência do real”, descreve a plataforma.
O Uncover vai reunir mais convidados em quatro dias de masterclasses, workshops, performances e iniciativas participativas com o propósito de “olhar, em profundidade, para o que existe para lá da imagem”, lê-se. Os passes gerais custam 39 euros, com um valor mais baixo para subscritores do Gerador e residentes em Guimarães (21 euros), e o bilhete diário custa 24 euros - para os residentes em Guimarães ou subscritores do Gerador, baixa para 13. No dia 15, a entrada é livre.