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Universidade do Minho distinguida por trabalho sobre minorias no online

Redação
Sociedade \ quarta-feira, junho 30, 2021
© Direitos reservados
Trabalho no âmbito de um mestrado em Engenharia Informática desenvolveu algoritmo para identificar artigos jornalísticos referentes a oito grupos minoritários e recebe prémio Arquivo.pt nesta quarta.

Paulo Martins, Leandro Costa e José Carlos Ramalho criaram um portal associado à Universidade do Minho, designado Major Minors, com 16.286 artigos de jornais online, 4.406 comentários associados e ainda gráficos comparativos sob “grupos minoritários, sub-representados ou alvo de estigma social”. Por isso, vão receber o prémio Arquivo.pt 2021, promovido pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia pelo quarto ano consecutivo, no valor de 10 mil euros, lê-se na nota de imprensa emitida pela instituição de ensino superior. O trio será laureado às 17h15 no Centro de Congressos de Lisboa, na presença do Presidente da República, Marcelo Ribeiro de Sousa, aquando do encerramento do Encontro Ciência 2021.

“Estamos muito felizes por este reconhecimento, não estávamos à espera, havia muitos e bons candidatos”, dizem Paulo Martins e Leandro Costa, citados pelo comunicado; dupla concretizou o projeto no âmbito de um mestrado em engenharia informática, orientado por José Carlos Ramalho.

A plataforma congrega informação do período entre 2001 e 2019, integrando para já os recortes do diário Público, mas com a previsão de, a breve trecho, integrar material de outros jornais. A partir deu um algoritmo desenvolvido pelo trio, é possível identificar automaticamente artigos, comentários e fotos com referências a oito grupos: refugiados, mulheres, homossexuais, animais, africanos, asiáticos, ciganos e migrantes, sendo ainda focadas “questões de género ou raciais mais gerais”, lê-se.

 “Sabemos que há imensas subcategorias nas minorias e este é um ponto de partida, a intenção inicial foi apoiar interesses de alguns grupos científicos do Centro de Estudos Humanísticos da UMinho, que abordam temas como identidades, multiculturalismo, marginalização, linguística computacional e ética animal”, diz Paulo Martins.

O algoritmo que criaram permite “um mar de relações semânticas” para cada artigo, como o volume de vezes que nele surgem certas palavras e se o é no título, subtítulo ou corpo da notícia. Isso gera níveis de relevância nos artigos sobre minorias, quando num motor de busca como o Google aqueles poderiam aparecer na mesma ordem de importância, justifica Leandro Costa.

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