Vasco Botelho da Costa: “Não gostamos de estar sem jogos. Falta-nos algo”
Tal como o teste na escola, que afere a compreensão da matéria dada e a sua aplicação num intervalo limitado de tempo, o jogo baliza o trabalho realizado por uma equipa de futebol durante a semana, afere o nível em que se encontra, reitera Vasco Botelho da Costa, treinador do Moreirense.
“Não gostamos de estar sem jogos. Falta-nos algo. (…) O jogo é que nos motiva. Vamos jogar perante os nossos adeptos. Uma das coisas que mais nos satisfaz é que os moreirenses se reveem no que vamos construindo. Semanas sem jogos não são a mesma coisa. Queremos muito jogar e dar resposta”, disse, ao perspetivar a receção de sábado ao Famalicão, para a 12.ª jornada da Liga Portugal Betclic.
Embora se tenham devido, em parte, à eliminação da Taça de Portugal às mãos do Fafe, em outubro, uma “incompetência que os jogadores e a equipa técnica não esquecem até ao final da época”, as três semanas de pausa serviram para “dar atenção a jogadores que precisavam de melhorar alguns aspetos” e para realizar “um jogo-treino interessante” com o Gil Vicente, antes do embate com o Famalicão, adversário com “um dos plantéis mais bem construídos” da Primeira Liga.
“Tem muita qualidade individual nos jogadores mais utilizados e nos que têm jogado menos. Não é das equipas com o processo mais complexo, mas tem um processo difícil de parar. (…) Não tenho dúvidas que as duas equipas vão querer vencer e querer ter bola. Faz parte da nossa competência fechar o jogo nos momentos em que não temos bola. Vai ser um jogo com uma componente tática enorme, porque as equipas têm as identidades bem definidas. Será um jogo decidido nos detalhes”, realçou.
Convencido de que os seus jogadores estão cada vez “mais maduros” quanto ao processo de jogo trabalhado desde o início da temporada, Vasco Botelho da Costa descartou revoluções face à última equipa titular.
“Não acredito muito em ‘revoluções’, independentemente de termos uma série positiva ou não tão positiva. Acredito muito no trabalho a médio e longo prazo neste ‘novo’ Moreirense. Este tempo foi interessante para dar atenção a jogadores que precisavam de melhorar alguns aspetos. Temos tido tempo para trabalhar. Queremos tornar o processo mais completo e a equipa mais versátil, a construir e a pressionar de diferentes formas”, descreveu.
“A nossa seleção sub-17 foi fantástica”
O treinador do Moreirense deixou ainda uma palavra à seleção portuguesa sub-17, que se sagrou campeã mundial na quinta-feira, no Qatar, após derrotar a Áustria por 1-0, na final. “A nossa seleção sub-17 foi fantástica. É algo que nos enche de orgulho. É sinal de que há muita coisa a ser muito bem feita no nosso futebol. Perdemos muito tempo a falar de coisas acessórias. Merece a toda a nossa atenção realçar este feito fantástico, enquanto português e profissional nesta área”, enalteceu.
