Álvaro Pacheco quer Vitória sério e apaixonado à boleia do “inferno branco”
O campeonato está de volta ao Estádio D. Afonso Henriques no sábado, para um jogo que Álvaro Pacheco reconhece ser especial; o treinador vai pela primeira vez sentar-se no banco de suplentes do Vitória em jogos oficiais a partir das 18h00, na receção ao Desportivo de Chaves, para a nona jornada da Liga Betclic Portugal. Apesar do simbolismo do momento, a preocupação que ocupa o espírito do técnico é a de uma equipa “séria e comprometida” frente aos transmontanos.
“Pretendo ver uma equipa séria, comprometida, com uma equipa atitude agarrada às ideias, a jogar apaixonadamente, com as nossas dinâmicas, focada e ambiciosa. Quero uma equipa com vontade muito grande em fazer as coisas acontecer, em lutar para vencer. Temos de ser capazes de acreditar no que vamos fazer”, realçou, na antevisão ao encontro.
Esses são os condimentos desejados para o principal objetivo de sábado: a quarta vitória consecutiva, a dar sequência aos êxitos perante Estoril Praia (3-2), ainda com Paulo Turra ao leme, Famalicão (3-1) e Moncarapachense (3-1), esse último para a Taça de Portugal. “O grande objetivo quando se trabalha é ter um resultado positivo ao fim de semana. Os resultados têm sido positivo, até pelas nossas adversidades, mas já fazem parte do passado. O mais importante foi a forma como trabalhamos, o compromisso e a seriedade que tivemos nesta semana”, acrescentou.
Convencido de que “o foco e agressividade” demonstrados na primeira meia hora do jogo com os algarvios é um bom tónico para sábado, Álvaro Pacheco reconheceu ainda que o Desportivo de Chaves é uma equipa “mais compacta e sólida” desde que Moreno assumiu o comando técnico, capaz de “mandar nos jogos” quando os leva para “zonas de conforto”. Por isso, pede um Vitória capaz de “controlar os pormenores” num jogo que também será certamente especial para o treinador adversário, Moreno, vimaranense de 42 anos que fez quase toda a carreira de jogador e iniciou a carreira de treinador no Vitória.
“Não podemos esconder a bonita ligação do Moreno ao Vitória, não só como jogador, mas como treinador. Não tenho dúvidas de que, para ele, é um jogo bonito e diferente. O Moreno pode conhecer os nossos jogadores, mas, hoje, todos os treinadores conhecem os plantéis”, realça.
O técnico felgueirense crê que o fator que mais pode influenciar o curso do embate de sábado é o “inferno branco” que perspetiva nas bancadas. “Pode influenciar a forma apaixonada como vamos ser capazes de intervir no jogo, para esse cordão umbilical [com os adeptos] ser reforçado e ficar mais forte”, vinca.