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A porta dos oitavos parecia emperrada, mas tudo se escancarou num ápice

Tiago Mendes Dias
Desporto \ sábado, novembro 25, 2023
© Direitos reservados
Quando parecia sugado para um futebol letárgico, o Vitória abriu o marcador por Tomás Ribeiro. A partir daí, os golos sucederam-se com naturalidade numa viagem calma rumo à próxima etapa da Taça.

O cronómetro assinalava 30 minutos, e a espiral de dúvidas acerca do embate entre Vitória e Länk Vilaverdense, para a quarta eliminatória da Taça de Portugal, parecia adensar-se. Os comandados de Álvaro Pacheco tinham a bola, saiam a jogar desde trás, com a bola rente à relva, mas parecia faltar rasgo e imaginação para começar a fazer a diferença no marcador. E as perdas de bola traduziam-se, de imediato, em contra-ataques, face ao distanciamento entre o trio defensivo e os setores mais adiantados do Vitória. O remate de André Soares causou mesmo algum frisson.

Quando a chave para os oitavos parecia fora do alcance, Tomás Ribeiro escancarou a porta: André Silva ameaçou de cabeça, Dani Silva bateu o canto e a bola viu-se perdida no interior da área vilaverdense; o defesa central, oportuno, disparou-a para o fundo das redes. O caminho para a próxima etapa da prova rainha estava definitivamente aberto, como viria a confirmar, pouco depois, André Silva, num cabeceamento indefensável a fazer justiça ao cruzamento milimétrico de João Mendes, o vitoriano com mais sentido de baliza ao longo de toda a primeira parte.

O intervalo emergia com um 2-0 no marcador, prenúncio de uma segunda parte em águas tranquilas, à exceção do período entre os 70 e os 80 minutos. O Vitória encontrou uma solução lateral para acrescentar mais um golo à sua conta – Mangas cruzou para Miguel Maga – e as oportunidades continuaram a suceder-se; os comandados de Sérgio Machado praticamente não saíam da área, mas o cenário mudou ligeiramente aquando da dança das substituições na viragem para o minuto 70. Os homens de Vila Verde ganharam definição e poder de fogo com Lénio Neves, Bruno Silva e Gonçalo Teixeira; o Vitória trocou o meio-campo e ressentiu-se da operação por instantes. Por momentos, o Länk teve via verde para a área vitoriana e aproveitou uma dessas ocasiões, num lance individual digno de registo de Gonçalo Teixeira.

Nuno Santos, Miguel Maga e Tiago Silva colocaram de imediato travão na reação vilaverdense, com o capitão a marcar. Estava selado assim o 4-1 com que o Vitória carimbou os oitavos de final da Taça.

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