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De saída, João Santos vinca “bom nível”, mas admite “falta de consistência”

Tiago Mendes Dias
Desporto \ segunda-feira, abril 24, 2023
© Direitos reservados
O Vitória perdeu por 3-2 no segundo jogo em casa com o Esmoriz e falhou a final da Taça Federação. Foi o último jogo do treinador ao leme dos vitorianos, que, a seu ver, mereciam mais.

O último encontro de João Santos como treinador da equipa masculina de voleibol masculino terminou com nota amarga: com a meia-final da Taça Federação igualada a um jogo, o embate de domingo entre Vitória e Esmoriz decidia um dos finalistas; a formação preta e branca perdeu o primeiro set por 25-13, virou para 2-1, com 26-24 e 25-23, mas consentiu a reviravolta, perdendo a chance de se apurar num quinto e decisivo set, que perdeu 16-14. Apesar da melhoria face à temporada transata, em que a equipa falhou os oito primeiros da fase regular, o treinador crê que a sua equipa deveria estar na final.

“Conseguimos chegar longe na Taça Federação. Já não o conseguíamos há alguns anos. Obviamente ambicionávamos estar na final. O grupo queria muito isso, mas ficámos mesmo à porta. Perdemos por dois pontos, mas o voleibol é assim. Não há empates. Apesar de merecermos outro desfecho, apresentámo-nos a um bom nível e dignificámos o clube”, referiu, em declarações ao Jornal de Guimarães.

Alguma falta de “consistência” ao longo da temporada pode explicar uma temporada com bons momentos, mas sem a obtenção da almejada final da Taça Federação, prosseguiu. “A consistência tem sido a chave da nossa época. Neste ano, pusemo-nos em situações bastante confortáveis, mas depois falhámos por falta de consistência. A falta de consistência condicionou-nos. E podemos ter acusado alguma ansiedade de estar perto da final. Não aguentámos a vantagem”, acrescentou.

A equipa viu a final escapar-se depois de ter vencido o primeiro jogo da meia-final por 3-0, em Esmoriz, e de ter perdido os dois encontros no Pavilhão Desportivo Unidade Vimaranense. Mesmo reconhecendo que o “fator casa interessa”, João Santos frisa que o Vitória aproveitou “muito bem” o facto de o Esmoriz introduzir dois jogadores “sem ritmo” para substituírem os lesionados Rafa e Roberto Reis no primeiro embate, mas falhou no segundo por algum “excesso de confiança”, com a equipa da Barrinha retribuiu o 3-0.

“Por termos vencido lá 3-0, achámos que, mais fácil ou dificilmente, iríamos ganhar um jogo. Aí é demérito da minha parte. Não consegui transmitir aos atletas que o jogo de sábado seria muito difícil e assumo a responsabilidade da derrota de sábado”, reconheceu.

João Santos rejeitou ainda que a tensão entre os jogadores do Esmoriz, nomeadamente o distribuidor Santiago Matos, e os adeptos do Vitória tenha tido um impacto emocional negativo nos jogadores do Vitória. O técnico crê que a arbitragem teve mais influência nesse sentido: “Não teve o mesmo critério para ambas as equipas. Isso criou algum desconforto na nossa equipa, que dá azo a alguns erros. Isso paga-se caro numa “negra” a 15 pontos”, vincou.

O treinador deixa o Vitória ao fim de época e meia em Guimarães, informação já oficializada pelo clube preto e branco.

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