Caminho parecia seguro, mas Estrela nada quis com Moreirense após intervalo
A estrela que parecia alumiar o caminho do Moreirense FC para o regresso aos triunfos na Liga Portugal Betclic mudou de sentido para incidir sobre a equipa que ostenta esse nome, vinda da Amadora, que apareceu neste domingo à tarde no Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas.
Os carrascos da vantagem cónega estavam no banco de suplentes: Léo Cordeiro, Regis, Rúben Lima e Kikas. Todos eles tiveram um papel nos dois golos com que os tricolores anularam o 2‐0 que, ao intervalo, traduzia a supremacia exibida pelos homens de Rui Borges nos primeiros 45 minutos, sem ter de abdicar de uma postura tranquila em campo.
Mais incisivo com bola desde o apito final, o Moreirense teve dificuldades em criar perigo junto da área do Estrela, formação inofensiva ao longo da primeira parte, praticamente sem lances junto à baliza de Kewin Silva. Recorreu quase sempre a cruzamentos para tentar incomodar Bruno Brígido, mas lá encontrou um itinerário para o golo, numa combinação ao primeiro toque que redundou no tiro certeiro de Castro, uma das novidades no miolo axadrezado, a par de Rúben Ismael.
Estavam decorridos 26 minutos, e o Moreirense contou ainda com um lance bem executado por João Camacho para beneficiar de uma grande penalidade na fase final da primeira metade. Mansur derrubou Gonçalo Franco, e João Camacho bateu a partir da marca dos 11 metros. Acertou no poste, mas contou com a ajuda das costas de Bruno Brígido para dilatar a vantagem.
A segunda parte começou com uma tripla alteração no Estrela: os vimaranenses até mantiveram o registo da primeira metade, mas a formação da Amadora melhorou muito. O efeito das trocas de Sérgio Vieira demorou apenas nove minutos a surtir efeito, com André Luiz a finalizar na recarga a remate de Léo Cordeiro. De um momento para o outro, o embate parecia reaberto. O Estrela confirmou que esse momento não era fogo de vista: no seu melhor lance do encontro, a circular a toda a largura, Kikas empurrou para o fundo das redes com pleno sentido de oportunidade.
O marcador assinalava 83 minutos. Se se excluir o frenesim junto ao banco de suplentes do Estrela, a tensão dos instantes finais resume-se à expulsão de Mansur por acumulação de amarelos e ao livre que se seguiu, em cima dos 90: Matheus Aiás acertou com estrondo na trave e Carlos Ponck, na ressaca, obrigou Bruno Brígido a grande defesa.
Gorou‐se assim a hipótese de o Moreirense manter os cinco pontos de distância para o perseguidor Arouca. São agora três os pontos que separam os vimaranenses, sextos classificados, e os arouquenses, sétimos, quando resta disputar 18 pontos.