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Capital Verde só para 2022 entre discussão sobre rumo do concelho

Tiago Mendes Dias
Ambiente \ terça-feira, maio 04, 2021
© Direitos reservados
Domingos Bragança diz que é preciso tempo para candidatura ter “outra consistência”. Autarca enaltece investimento municipal em várias dimensões, enquanto coligação alega falta de “objetivo político”.

Após o quinto lugar entre as 12 cidades que se candidataram a Capital Verde Europeia de 2020, distinção atribuída a Lisboa, a Câmara Municipal de Guimarães prometeu continuar a batalhar por esse desígnio. Nesta segunda-feira, Domingos Bragança reconheceu, contudo, que o prazo mais expectável para a submissão de nova candidatura é 2022 e não este ano, como desejava. “A minha vontade era que a candidatura a Capital Verde tivesse sido feita neste ano, em setembro, mas a candidatura está a ser trabalhada para ser submetida em 2022”, revelou, durante a reunião do executivo municipal.

Este adiamento, frisou o autarca, justifica-se com o intuito de “dar outra consistência à candidatura”. Nesse sentido, o município está a trabalhar com a Vimágua e a Águas do Norte num “plano para a despoluição da bacia hidrográfica do rio Ave”, até para prevenir futuros derrames de substâncias poluentes.

A informação veio a público no âmbito de uma discussão sobre os objetivos políticos dos últimos quatro anos da gestão autárquica socialista. Para a oposição, a liderança de António Magalhães, entre 1989 e 2013, teve a marca do património e da cultura, e o primeiro mandato de Bragança distinguiu-se pela valorização do ambiente e pelo investimento nas freguesias. Essas marcas do primeiro mandato esbateram-se no segundo, considera André Coelho Lima.

“Este mandato caracteriza-se por não haver um devir. As cidades têm esses objetivos políticos, essa indicação de rumo”, disse. “Há um conjunto de pequenos conseguimentos, dispersos, sem se perceber a coerência entre si, em função do objetivo de comunidade”.

A nível ambiental, André Coelho Lima criticou a falta de aposta na mobilidade suave, ao referir que o concelho dispõe de “vias de cicloturismo”, mas não de ciclovias para as “pessoas se moverem para os seus locais de trabalho”.

Quanto às freguesias, o social-democrata realçou que os centros cívicos das vilas, à exceção da de Ponte, requalificado durante o primeiro mandato, estão ainda por concluir, sendo que o das Taipas está agora em curso.

Para contrapor esse argumento, Domingos Bragança frisou que o investimento do mandato em Caldas das Taipas é dos maiores de sempre fora da cidade, juntando Escola EB 2 e 3 (oito milhões de euros), avenida da República (cinco milhões) e alameda Rosas Guimarães (348 mil euros).

Lembrou também a abertura do início de procedimento para a requalificação da centralidade de Serzedelo, aprovada nesta segunda-feira: a obra inclui a requalificação da rua da Eirinha, desde o entroncamento com a rua da Junta de Freguesia até ao entroncamento com a ligação a Gandarela, passando pelo acesso à A7, pela igreja românica, pela igreja nova e pelo cemitério. Ao lado do cemitério, encontra-se a antiga fábrica Calverex, hoje degradada, onde a câmara pretende instalar o futuro centro comunitário e cultural de Serzedelo.  

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