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Coelho Lima representou Portugal no encontro da OSCE

Redação
Política \ terça-feira, março 07, 2023
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Deputado fez duas intervenções, em nome de Portugal, na Organização para a Segurança e Cooperação na Europa. Condenou a postura da Rússia.

O deputado vimaranense André Coelho Lima marcou presença, em representação de Portugal, na sessão de inverno da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa) que se realizou em Viena. o ex-vereador da Câmara Municipal de Guimarães fez duas intervenções, nas quais abordou alguns temas que marcam a atualidade.

Na primeira intervenção debatia-se o futuro da própria OSCE, futuro colocado em causa pela circunstância de um estado-membro (a Rússia) ter invadido outra estado-membro (a Ucrânia), sendo que nos últimos encontros a Rússia não tinha sido convidado. O convite para a delegação russa marcar presença foi envolto em grande polémica.

“Se a OSCE se encontra em crise, trata-se de uma crise estranha. Não apenas porque agressões entre estados-membros são habituais no espaço OSCE, como por exemplo a questão entre Arménia e Azerbeijão, entre muitos outros; aliás, a própria invasão da Rússia à Ucrânia não começou apenas em 2022, a Rússia invadiu a Crimeia em 2014 e a organização conviveu pacificamente com essa circunstância”, disse.

Com a sua argumentação, André Coelho Lima alegou que não deveria pôr em causa a continuidade da organização. Numa segunda intervenção, na Joint Session com todos os países presentes, Coelho Lima fez uma intervenção genérica em nome de Portugal, sobre o posicionamento no conflito, nomeadamente a postura de alguns países.

Começou por elogiar a Suécia, por emitir um visto diplomático a Svetlana Tikhanovskaya, política e ativista bielorrussa. Elogiou também a Turquia por ser o único país a conseguir ter uma posição de suficiente equidistância de modo a estar a dar passos concretos no sentido da criação de entendimentos ao invés do fomento de desentendimentos.

Terminou fazendo uma “condenação muito forte à postura e atuação da Rússia”, dizendo que a delegação portuguesa, contrariamente às outras delegações, não saía enquanto os russos usavam da palavra, para lhes “dizer na cara o que eles precisavam de ouvir”. “Deviam ter vergonha da miséria humana que estão a causar na Ucrânia, de fazer tábua rasa do direito internacional, de manter, em pleno século XXI, políticas expansionistas medievais”, disse, frisando não acreditar que o povo russo se reveja nesta postura.

 

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