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Coligação JpG quer mediadores sociais, centros de noite e mais creches

Tiago Mendes Dias
Política \ segunda-feira, julho 19, 2021
© Direitos reservados
Bruno Fernandes salienta que as respostas sociais têm de chegar a todas as camadas sociais da população. Para o candidato às Autárquicas, o orçamento do município pode acomodar as medidas.

A coligação Juntos por Guimarães (JpG) promete um trabalho em parceria com as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e com as Juntas de Freguesia para melhorar as respostas às necessidades das várias faixas etárias da população vimaranense.

Após ter focado a habitação na primeira sessão de apresentação do programa para as Autárquicas de 26 de setembro, Bruno Fernandes afirmou a vontade de, por exemplo, abrir centros de noite para idosos que prefiram continuar a viver em suas casas durante o dia, de facilitar as candidaturas da população a apoios sociais através dos “mediadores sociais” e de aumentar as creches ou até construir novas para servir as famílias com filhos entre os seis meses e os três anos.

“Mais importante do que as obras em curso, é podermos resolver os problemas que afetam os vimaranenses e melhorar a sua qualidade de vida. Guimarães tem de ser um território atrativo para viver e trabalhar. Quem cá reside tem de ter as condições nas mais variadas áreas”, disse, na conferência de imprensa decorrida na sede do PSD, no Toural.

Convicto de que Guimarães é um município no qual as famílias têm “dificuldades para que os pais e avós possam ser acolhidos em estruturas residenciais para idosos”, o atual vereador disse querer ver o número de camas das IPSS aumentado e o tempo de resposta a cada caso diminuído para um “máximo de 30 dias”. O candidato da JpG antecipou mesmo uma “corrida às vagas existentes” nos próximos tempos, pelo que prometeu, caso seja eleito, reunir de imediato com as IPSS concelhias e com o Instituto da Segurança Social para solucionar esse eventual obstáculo.

Para os mais velhos que prefiram continuar a viver nas suas casas, mas precisem de apoio domiciliário, Bruno Fernandes propôs a criação de centros de noite, com projetos-piloto nas vilas; assim, esses cidadãos viveriam em sua casa durante o dia, mas, à noite, por necessidade de apoio, dormiriam no local devidamente equipado para os acolher. “Há idosos que querem permanecer nas suas habitações e ter centros de noite para dormirem com quem cuida deles”, resumiu.

Já a “rede de mediadores sociais” pretende ligar as Juntas de Freguesia e as camadas da população com dificuldades relacionadas com burocracia; o propósito é o de ajudar esses cidadãos a submeterem candidaturas a “apoios sociais existentes”. “Temos de reforçar os pontos aonde os cidadãos podem obter apoio”, vincou. “Os apoios sociais têm de chegar a quem precisa. Há vimaranenses arredados de acederem aos benefícios sociais, porque não sabem como tratar dessa questão”.

Já o funcionamento das creches é, para Bruno Fernandes, um elemento crucial para a “fixação de jovens” no concelho. Em praticamente todas as freguesias de Guimarães, o candidato diz ter encontrado testemunhos de dificuldades para se colocarem crianças entre os seis meses e os três anos nas instituições. Disse ainda que há IPSS com dezenas de crianças em “lista de espera”. O alargamento do funcionamento das creches para sábado, “dia de trabalho para muitos vimaranenses”, foi outra das ideias expressas.

O programa social da coligação prevê ainda o reforço do papel das 11 Comissões Sociais Inter-freguesias, o reconhecimento dos cuidadores informais, a atenção à saúde mental, com a criação de vagas nos centros sociais e o reforço do apoio domiciliário. A criação de um plano de combate à violência doméstica é outra das intenções da força de direita, que reúne PSD, CDS-PP e PPM.

 

Orçamento municipal tem “elasticidade” para acomodar medidas

Ainda a propósito das medidas de ação social, Bruno Fernandes realçou a necessidade da Câmara Municipal ser “transparente” na informação relativa às verbas, mesmo com as restrições do Regulamento Geral sobre Proteção de Dados.

Questionado sobre o facto de o atual executivo socialista ter aumentado os apoios sociais em 2021, atribuindo 1,9 milhões a 101 instituições, Bruno Fernandes disse concordar com o financiamento do “trabalho extraordinário” que as IPSS fazem no dia a dia, mas disse querer ir mais longe. “Trouxe respostas que não se ficam pela atividade normal nas IPSS. Faz-se apenas um diagnóstico e depois o município limita-se a dar o parecer. Vamos interferir positivamente na regulação das necessidades identificadas”, disse.

O social-democrata crê que o município tem “elasticidade” para alocar mais dinheiro na área social, seja devido à subida das receitas do IMI ou do IMT ou pelo dinheiro que não se gastou em certas iniciativas, como a da concessão dos transportes públicos – a Vale do Ave ganhou o concurso por 15 milhões de euros, quando o preço-base era de 30.

“Afetaremos a esta área os valores necessários. Já fizemos estimativas para que estas medidas não sejam feitas para o ar. Não tenho dúvidas de que o orçamento tem elasticidade suficiente para a implementação destas medidas”, concluiu.

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