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Confraria quer promover tradições “consagradas”, mas também o que emerge

Tiago Mendes Dias
Cultura \ domingo, junho 04, 2023
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Na entronização dos membros da Terras de Vimaranes, o presidente da assembleia-geral realça os vinhos e o setor primário em geral como atividades que se destacam entre os “mesteres” com história.

O compromisso dos mais de 70 membros fundadores da Confraria Terras de Vimaranes, a jurar defender o património cultural, material, imaterial, gastronómico e enológico de Guimarães, encerrou a cerimónia de entronização dos confrades, no Paço dos Duques de Bragança. Pouco antes, o primeiro presidente da assembleia geral, Carlos Caneja Amorim, pediu reconhecimento para o trabalho desenvolvido em alguns dos setores emergentes no território, além das tradições já “consagradas na história”.

“Além dos mesteres já bem documentados, também temos uma atividade vínica relevante e o próprio setor primário merece carinho de todos nós. Guimarães tem feito um trabalho que merece ser reconhecido. Não somos melhores do que ninguém, mas temos produtos diferenciados que gostávamos que Portugal, a Europa e o mundo conhecessem”, realçou o confrade, no seu discurso.

A “confraria apartidária e laica”, fundada em 13 de setembro de 2022, visa “unir esforços para promover o que de melhor se faz em Guimarães”, disse Carlos Caneja Amorim, frisando ainda o papel de Mário Moreira, chef e presidente da direção, na criação da confraria. “Tudo começou com um sonho do chef Mário Moreira. Emociona-me dizer o nome dele. Isto é prova de todo o trabalho que fez. Por toda a energia e força cívica, com pulsão afonsina, vontade de fazer acontecer, merece toda a nossa aclamação”, realçou.

Trajado com a indumentária da Terras de Vimaranes – um manto verde e branco, com o símbolo da confraria ao peito e um desenho do bordado de Guimarães, a verde, às costas -, o dirigente elogiou ainda o projeto gastronómico “Sabores Cruzados”, que uniu Guimarães e a cidade francesa de Dijon no âmbito da Temporada Cruzada Portugal – França 2022, e realçou que não cabe ao poder político “fazer tudo”.

“A sociedade civil tem de dar o seu contributo. Tem de se juntar ao poder político para construir algo de bom e de melhor para todos. É fundamental para que tenhamos comunidades mais ricas e possamos todos fazer um bom trabalho”, frisou.

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