Cooperativas municipais: “Gastos com o pessoal” dividem câmara e oposição
Os contratos-programa com as cooperativas municipais foram debatidos esta quinta-feira em reunião de câmara, sendo que no cerne da questão esteve nos “gastos com o pessoal”, dividindo a oposição e o município no que diz respeito ao papel da autarquia em determinadas áreas.
É o caso da Fraterna, cujo orçamento para o próximo ano deixou um “amargo de boca” a Vânia Dias da Silva, vereadora do CDS eleita pela Coligação Juntos por Guimarães. “O orçamento é de 1.7 milhões de euros e o gasto com o pessoal é 1.000.150 euros. O grosso da fatia é ocupada com pessoal e sobra pouco para atividades”, abordou.
No entender de Vânia Dias da Silva, a Fraterna “presta um serviço que o terceiro setor também faz, muitas vezes em cooperação”, questionando se “não estará a sobrepor-se, de forma cara, ao que o terceiro setor pode fazer”.
Paula Oliveira, vereadora com o pelouro da ação social da Câmara Municipal de Guimarães, aproveitou para, em resposta, “atestar o bom trabalho das equipas no terreno”, frisando, entre outras coisas, que “o custo com recursos humanos é absolutamente necessário para levar a cabo o trabalho que estamos a fazer”. “Temos trabalhadores qualificados para, de segunda a domingo – em algumas áreas –, continuarmos a prestar serviços de qualidade, proximidade e de forma célere”, disse.
Os mesmos argumentos foram utilizados em relação ao Laboratório da Paisagem de Guimarães. Domingos Bragança referenciou, a este nível que esta questão percentual dos gastos com recursos humanos é natural, na medida em que as cooperativas em causa “prestam serviços”, não havendo “produção de mercadorias”.
A Taipas Turitermas voltou, uma vez mais a ser discutida, tal como pode ler aqui, assim como a Turipenha, que também foi abordada, tal como noticiamos aqui.