Cortejo do Pinheiro sem autorização da Proteção Civil da Câmara
Depois de uma primeira reunião na terça-feira sem fumo branco, a subcomissão da Proteção Civil da Câmara Municipal de Guimarães recusou autorizar a realização do cortejo do Pinheiro esta sexta-feira.
“Perante o atual contexto de pandemia e verificada a evolução da situação epidemiológica, em consequência ainda da situação de calamidade anunciada pelo Governo, já a partir de 1 de dezembro, não foi autorizada a realização do cortejo do Pinheiro tendo por base a decisão unânime do “desaconselhamento” na reunião”, informa a autarquia.
Comunicada à Comissão de Festas Nicolinas, à Associação de Comissões de Festas Nicolinas (ACFN) e à AAELG/Velhos Nicolinos, a decisão teve por base o “risco alto ou muito alto de transmissibilidade do vírus e a crescente dificuldade de resposta dos serviços de saúde, clínicos, hospitalares, para os casos de infeção verificados nos últimos dias, a aumentar de uma forma exponencial na faixa dos mais jovens”, acrescenta a Câmara.
“Tendo em linha de conta que o Cortejo do Pinheiro, por tradição, é um momento que potencia um enorme aglomerado de pessoas, entende-se ainda que não estão reunidas as condições para garantir as recomendações emitidas pela Unidade de Saúde Pública”, lê-se ainda.
Contactada pelo Jornal de Guimarães, a Comissão de Festas Nicolinas não se quis pronunciar para já sobre a recusa em autorizar o cortejo, tendo apenas confirmado que soube da decisão a meio da tarde.
Com origem no século XIX, o Pinheiro é o número que abre as Nicolinas, reunindo habitualmente dezenas de milhares de pessoas nas ruas da cidade pela noite fora, a cada 29 de novembro. No ano passado, o cortejo também não se realizou devido à pandemia.