Partidos enaltecem elevação de Couros a Património Mundial
Os dois partidos mais representados no executivo da Câmara Municipal e na Assembleia Municipal enalteceram a extensão a Couros da área classificada em Guimarães como Património Cultural da Humanidade, aprovada pela UNESCO na terça-feira, durante a 45.ª assembleia anual do organismo, ainda em curso na capital da Arábia Saudita, Riade.
Logo no dia da boa nova, a Comissão Política Concelhia do PSD, principal partido da oposição nos órgãos de poder local de Guimarães, vincou, em comunicado, que a classificação constitui “um enorme motivo de alegria e orgulho para todos os vimaranenses, sendo um merecido e justo reconhecimento pelo trabalho desenvolvido em prol da valorização do nosso património histórico e cultural ao longo dos últimos anos”.
O presidente da concelhia, Ricardo Araújo, salientou igualmente que a classificação acarreta responsabilidades acrescidas “na preservação e valorização de um bem patrimonial de enorme valor e relevância para Guimarães, que tem de continuar a ser acarinhado e valorizado em permanência por todos”, tendo destacado o trabalho realizado pelo presidente da Câmara, Domingos Bragança, e pelo chefe da Divisão do Património Mundial e Bens Classificados, Ricardo Rodrigues.
O vereador municipal dos sociais-democratas considera ainda que a duplicação da área classificada como património mundial – 19,4 para 38,4 hectares – reclama “um redobrado esforço para dar um novo e mais amplo sentido à leitura do Centro Histórico de Guimarães, classificado pela UNESCO desde 2001, incorporando os novos espaços primitivos do trabalho dos curtumes na compreensão da génese e desenvolvimento do burgo perante todos os turistas que nos visitam, com novos motivos informados e apelativos de interesse, valorizando, consequentemente, o território e todos os que nele habitam”. “Esta classificação traduz também um importante impulso e contributo para a afirmação turística de Guimarães no país, na Europa e no Mundo que nos deve orgulhar e responsabilizar”, reitera, citado pelo comunicado do PSD.
“Reconhecimento do trabalho ancestral de gerações”
Já a Comissão Política Concelhia do PS, partido que detém a maioria nos órgãos executivo e deliberativo municipais, vinca que a classificação constitui “um notável reconhecimento da qualidade patrimonial da nova área classificada, mas também do seu significado histórico, urbanístico e estético, referências para a humanidade”.
“Este galardão, que alarga, visibiliza e responsabiliza especialmente Guimarães enquanto cidade Património Cultural da Humanidade, constitui o reconhecimento, sobretudo, do trabalho ancestral de gerações de vimaranenses para a cultura universal, revelando uma realidade urbana e histórica de consolidação económica, social e cultural que permite a Guimarães conhecer-se melhor e melhor se dar a conhecer ao mundo”, lê-se.
Ao abranger um território que se estende da Rua D. João I, a oeste, até à rua da Ramada, a nascente, a recente classificação valoriza o “especial cuidado patrimonial, urbanístico e cultural” dos vimaranenses e da Câmara Municipal presidida por Domingos Bragança, que foi “pioneiro político e cultural”, a classificação também cria uma zona tampão que deve ser “garantia de preservação patrimonial, ambiental e cultural para as gerações vindouras de vimaranenses e portugueses”, lê-se.