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Da 2.ª Divisão ao troféu e à seleção, Raissa Cassamá está “muito orgulhosa”

Tiago Mendes Dias
Desporto \ quarta-feira, maio 08, 2024
© Direitos reservados
Oriunda do segundo escalão, a central de 21 anos foi percebendo, ao longo da época, que poderia atingir um nível alto. No seu término, ergue a Taça Federação e pode estrear‐se pela equipa das quinas.

Quando toca na Taça Federação e faz uma pronta retrospetiva da época, Raissa Cassamá é incapaz de esconder o orgulho pelo que conseguiu. Contratada no início da temporada 2023/24 ao Lusófona Voleibol Clube, formação da 2.ª Divisão Nacional, a central foi regularmente utilizada no Vitória SC desde o primeiro encontro oficial, evoluiu nos vários capítulos do jogo e acabou a temporada como referência na manobra da equipa treinada por Hélder Andrade, protagonizando até os dois serviços, contidos, mas suficientes para perturbar o side out do Benfica, que carimbaram a última reviravolta do louco quinto set de domingo e a subsequente conquista de um inédito troféu para o voleibol feminino vitoriano.

“Sinto me muito orgulhosa. Sabia que ia ser difícil, principalmente por nunca ter estado neste nível. Ao longo da época, fui percebendo que não só não era capaz, como também, com a ajuda da minha equipa, poderia tornar se mais fácil. O principal sentimento é o orgulho. Estou muito orgulhosa da minha trajetória. Houve muito trabalho à mistura e muita ajuda das minhas companheiras”, descreve, ao Jornal de Guimarães.

Autora de 218 pontos em 28 partidas, a voleibolista de 21 anos enaltece a “demonstração de resiliência” que foi a prestação do Vitória SC no terceiro e decisivo jogo da final, principalmente após o segundo set lhe ter fugido das mãos. Aí, a união do grupo veio ao de cima. “Se tivesse ido cada uma para o seu lado, seria impossível obter o resultado que obtivemos hoje”, realça.

Convencida de que a Taça premeia “todo o esforço” do plantel ao longo de uma época em que até esteve noutros momentos de decisão, nomeadamente os do campeonato e da Taça de Portugal, embora sem sucesso, Raissa Cassamá lembrou também “a força dos adeptos” nos jogos em casa, particularmente o de domingo. “Foi fundamental para este nosso resultado. Em momentos em que se calhar ponderámos baixar um bocado a cabeça, eles não nos deixaram baixar a cabeça, estando sempre a apoiar nos. É um bocado isto que caracteriza o Vitória”, disse.

Concluída a temporada no Vitória, a jogadora está prestes a carimbar outro marco na carreira: a estreia pela seleção nacional. Convocada para a Silver League, a par das vitorianas Margarida Maia e Raquel Moreno, a central lisboeta confessa a ansiedade de poder disputar a competição onde a equipa das quinas terá, como adversárias, as seleções do Luxemburgo, da Finlândia, da Islândia, do Montenegro e da Bósnia e Herzegovina, entre maio e junho.

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