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“Falta de capacidade da linha” inviabiliza vaivém entre Lordelo e a cidade

Bruno José Ferreira
Sociedade \ quinta-feira, julho 11, 2024
© Direitos reservados
Infraestruturas de Portugal diz que a duplicação da linha de Guimarães não é viável tecnicamente.

A linha de caminho de ferro de Guimarães não tem capacidade para a implementação de uma espécie de metro ligeiro de superfície, preconizada pelo município, de forma a fazer a ligação entre a zona sul do concelho – Lordelo – e a cidade – Estação de Caminhos de Ferro.

Essa ideia foi defendida e exposta publicamente por diversas vezes por Domingos Bragança, nomeadamente em reunião de câmara, sugerindo o uso do caminho de ferro como plataforma para a circulação de uma locomotiva a fazer ligação vaivém entre Lordelo e o centro de Guimarães.

Questionada pelo Jornal de Guimarães, a Infraestruturas de Portugal (IP) aponta a “falta de capacidade da linha” como entrave para que este projeto possa ser uma realidade capaz de dar resposta à mobilidade interna no concelho.

“A IP estudou, a pedido da Câmara Municipal de Guimarães, a possibilidade de introduzir na Linha de Guimarães uma oferta como a referida, tendo-se concluído pela falta de capacidade da linha”, dá conta este organismo nacional na resposta remetida ao nosso jornal.

Recorde-se que Domingos Bragança referiu recentemente em entrevista que “foi apresentado um estudo, elaborado pelo professor Álvaro Costa, à CP para criar um vaivém ferroviário, um metro ligeiro de superfície a circular na ferrovia pesada, através de uma locomotiva muito simples, elétrica e sustentável do ponto de vista da descarbonização, a fazer continuamente a ligação à zona sul do concelho”.

Na mesma entrevista, Domingos Bragança sustentou, em abril, que “é fundamental que passemos a ter via dupla na ligação e Guimarães ao Porto”. “Sabemos que o traçado é sinuoso, em alguns casos está muito comprometido […], mas não se pode dizer que é impossível. Pode é ser mais oneroso, mas continua a ser a melhor solução”, disse.

Ao Jornal de Guimarães a IP dá nota que não é “viável tecnicamente” a duplicação da linha e, dessa forma, o aumento exponencial da resposta ferroviária.  “Pela sua inserção, a duplicação não se afigura viável tecnicamente”, explica a IP.

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