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Guimarães
01 dezembro 2024
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Um amargo jogo a zeros em noite de domínio

Tiago Mendes Dias
Desporto \ segunda-feira, agosto 21, 2023
© Direitos reservados
O Moreirense superiorizou-se ao Famalicão contra 11 na primeira parte e contra dez na segunda, mas perdeu discernimento nos minutos finais e somou o primeiro ponto num jogo em que era possível mais.

As boas indicações do Moreirense FC na receção ao FC Porto, na ronda inaugural da Liga, confirmaram-se esta segunda-feira em Famalicão: Rui Borges pedira audácia e os seus jogadores corresponderam, nomeadamente numa primeira parte que dominaram do princípio ao fim. O cenário parecia ainda mais favorável aos homens de Moreira de Cónegos quando Pablo foi expulso no derradeiro minuto da primeira parte. A equipa vimaranense controlou também a segunda metade e criou um par de ocasiões flagrantes para inclinar a balança a seu favor. A ineficácia deixou tudo na mesma e obrigou o Moreirense a conter-se nos instantes finais para travar o derradeiro forcing famalicense em busca de um eventual golo do triunfo.

O placard manteve-se inalterado até ao apito final de António Nobre. O primeiro 0-0 do campeonato foi também o primeiro ponto axadrezado da época, embora a sensação do encontro desta noite é a de que os três pontos estavam à mercê.

O encontro até começou com um susto – Dinis Pinto perdeu os sentidos num embate de cabeça com Francisco Moura, teve de ser transportado para o hospital e foi substituído por Fabiano logo ao minuto sete, antes de o treinador adjunto Tiago Aguiar confirmar no final do desafio que o lateral direito está estável -, mas o Moreirense recompôs-se num ápice e controlou as operações até ao intervalo, com Alanzinho em evidência.

Criativo no apoio ao ataque, o médio ofensivo brasileiro protagonizou dois remates perigosos na primeira metade do jogo, mas Luiz Júnior ganhou esses duelos. O segundo remate precedeu o lance que viria a deixar os comandados de Rui Borges para o resto do desafio: ao tentar rematar à baliza, Pablo pontapeou Marcelo no peito e viu o segundo cartão amarelo.

A segunda parte confirmou a perspetiva de um Moreirense com bola, ofensivo, a tentar penetrar numa defesa recuada e compacta; depois de um começo de segunda parte morno, os cónegos fizeram-no bem entre o minuto 60 e 70, protagonizando as duas ocasiões mais claras em todo o encontro: um cabeceamento de André Luís ao lado, no minuto 63, e a saída repentina de Luiz Júnior para negar o golo a Aparício, médio que ultrapassara um adversário uma fração de segundo antes para ficar na cara do golo.

O lance ao minuto 67 foi o pico da corrente ofensiva cónega. Os vimaranenses continuaram a tentar a vitória na reta final, mas a arte e o engenho para criar ruturas junto à área desvaneceram-se do jogo. Na compensação, foi até o Famalicão que ensaiou mais vezes o remate. A derradeira reação famalicense galvanizou as bancadas em dia de 92.º aniversário do clube azul e branco, mas a pontaria anfitriã esteve desafinada. Seria um castigo desproporcionado para aquilo que o Moreirense fez.

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