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Faturação da restauração subiu 25 a 40% numa Afonsina visitada por 250 mil

Tiago Mendes Dias
Economia \ segunda-feira, junho 27, 2022
© Direitos reservados
Presidente da Câmara antecipou a celebração de 2028, em cerimónia presidida pelo ministro da Administração Interna, que prometeu ser “soldado” na causa da elevação do 24 de Junho a feriado nacional.

Findo o ciclo que, de quinta-feira até domingo, polvilhou Guimarães de trajes e pavilhões medievais, de tendas de comes e bebes e de gente a circular pelas estreitas ruas do centro histórico, o balanço é “positivo”, sobretudo para a restauração da cidade. “Foi bom, principalmente no sábado à noite e domingo. Estamos a falar de um acréscimo de 25 a 40% em relação à faturação de um fim de semana normal”, adianta ao Jornal de Guimarães o presidente da Associação Vimaranense de Hotelaria, José Diogo Silva.

Esse impacto cingiu-se, contudo, às praças de S. Tiago e da Oliveira, onde as decorações e os bancos a condizer com o mote da Feira Afonsina concentravam parte da multidão que se deslocou à cidade. No Largo Condessa do Juncal, no Largo João Franco ou na Rua da Rainha, os efeitos da Feira Afonsina foram menores, por comparação. “Ficou tudo concentrado. Há que pensar se vale a pena ou não alargar a feira, mas são discussões para depois”, salienta o dirigente.

Já os hotéis “trabalharam normalmente”, sem acréscimo de dormidas em virtude do evento. “Não se verificou aumento extraordinário por causa da Feira Afonsina. Os hóspedes que já tinham marcado ficaram surpreendidos e gostaram, mas não houve afluência aos hotéis, nem aos alojamentos locais, só porque estava a decorrer a Feira Afonsina”, descreve.

 

Faturação da restauração aumentou com a Feira Afonsina, sobretudo na Oliveira e em S. Tiago

Faturação da restauração aumentou com a Feira Afonsina, sobretudo na Oliveira e em S. Tiago

 

Tónica cada vez maior na afirmação do 24 de junho de 1128

Ao reatar a Feira Afonsina, interrompida em 2020 e em 2021, a Câmara Municipal de Guimarães decidiu fazer uma amostragem para contabilizar as pessoas que circulavam nas ruas principais do evento; num dos períodos de maior afluência, as 22h00 de sábado, a rua de Santa Maria registava uma afluência de cerca de 150 pessoas por minuto.

“Esse número não pode ser extrapolado para todo o evento, porque estávamos a falar na altura de maior afluência. Se extrapolássemos, estaríamos a falar de cerca de 500 mil pessoas. Com grande segurança, podemos dizer que mais de 250 mil pessoas estiveram em Guimarães”, reitera ao Jornal de Guimarães o vereador com os pelouros da Cultura e do Turismo, Paulo Lopes Silva.

Convencido de que a Feira Afonsina “não só cumpriu com as expetativas”, como “claramente as superou”, o responsável sugere que visitantes de todo o país e do estrangeiro, sobretudo de Espanha, puderam testemunhar o “sentimento de pertença” de quem vive em Guimarães e também a importância do território para a fundação de Portugal. Paulo Lopes Silva enaltece, aliás, o contributo da Feira Afonsina para a crescente afirmação das comemorações de 24 de Junho, data que o município quer ver elevada a feriado nacional.

“Registe-se também a forma como vamos colocando este objetivo na agenda, com o grande aliado que conquistámos neste período”, diz. “O senhor ministro da Administração Interna iniciou o discurso da sessão solene dizendo que conquistaram um soldado para a frente da batalha. Cada vez mais as pessoas que participam, que estão em Guimarães, percebem a justiça desse objetivo”.

O vereador municipal para o Turismo enalteceu também a criação de Ana Monteiro para o Campo da Ataca, Origem, a experiência imersiva na Batalha de São Mamede, através do Afonso 360, e ainda as jornadas históricas de sábado à tarde, responsáveis pelo aprofundar do conhecimento relativo à Guimarães medieval.

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