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Faturação das empresas de Guimarães sobe 12%, mas é superada por Famalicão

Tiago Mendes Dias
Economia \ quinta-feira, dezembro 21, 2023
© Direitos reservados
O volume de negócios foi, em 2022, de 6,88 mil milhões de euros, o 15.º entre os concelhos do país, atrás dos vizinhos Braga e Vila Nova de Famalicão, que registara, em 2021, um valor total inferior.

As empresas de Guimarães concluíram 2022 com um volume de negócios de 6,88 mil milhões de euros, valor que traduz um crescimento de 12,3% face a 2021, ano ainda condicionado pela pandemia de covid-19. Esses números, disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) desde 15 de dezembro, coloca o município vimaranense como o 15.º que mais faturou no ano passado.

Nessa tabela destacadamente encabeçada por Lisboa - o volume de negócios da capital foi de 130 mil milhões de euros, praticamente o quádruplo da segunda receita mais elevada, a do vizinho Oeiras (34,53 milhões) -, Guimarães apresenta igualmente o menor crescimento do top 15, ficando bastante aquém do crescimento nacional: as receitas empresariais em todo o país cresceram 23,8% entre 2021 e 2022, dos 430,88 para os 533,46 mil milhões.

A Norte, Guimarães aparece como o sétimo concelho que mais arrecada, atrás do Porto (19,07 mil milhões), de Matosinhos (14,76 mil milhões), de Vila Nova de Gaia (11,66 mil milhões), da Maia (9,83 mil milhões), de Braga (9,29 mil milhões) e de Vila Nova de Famalicão (7,18 mil milhões); volume de negócios do outro grande município da sub-região do Ave cresceu 22,7% face a 2021 e superou o de Guimarães, realidade que se verificara pela última vez em 2017.

A diferença entre Guimarães e Vila Nova de Famalicão acentua-se ainda mais se se analisar o volume de negócios por habitante, à luz dos Censos 2021: com uma população de 156.830 habitantes, o município vimaranense apresenta uma receita média de 43.838 euros por habitante, enquanto o município famalicense atinge os 53.781 euros, o mais alto valor do Quadrilátero Urbano; nesse enquadramento, Braga atinge os 48.070 euros e Barcelos fica-se pelos 40.881 euros.

 

 

Comércio e indústria crescem, mas a um ritmo menor

A disparidade no crescimento do volume de negócios dos municípios do Vale do Ave radica nas suas indústrias transformadoras. As receitas de Famalicão cresceram 23% face a 2021, rumo aos 4,18 mil milhões de euros, enquanto as de Guimarães se ficaram pelos três mil milhões, depois de um aumento de 13,6%, num 2022 marcado pelo início da guerra na Ucrânia, pelo aumento dos custos da energia e pela inflação, com reflexos em setores como o têxtil.

A outra grande fonte de receita do tecido empresarial vimaranense em 2022 foi o comércio por grosso e a retalho, setor que inclui a reparação de veículos automóveis e motociclos: o setor arrecadou 2,4 mil milhões de euros, mais 10,3% do que em 2021; esse crescimento foi o mais baixo entre os municípios da associação Quadrilátero Urbano, com Barcelos (1,5 mil milhões) e Famalicão (1,62 mil milhões) a ultrapassarem os 20%.

As indústrias e o comércio perfizeram, em 2022, mais de três quartos do volume de negócios do tecido empresarial vimaranense. Atrás, surgem a construção, as atividades de consultoria técnica e científica e o alojamento e a restauração, com receitas na ordem das centenas de milhões de euros.

Responsável por um volume de negócios de 527,65 milhões de euros no ano passado, a construção registou uma quebra de 0,9% face a 2021, caso único no Quadrilátero Urbano – as receitas com construção aumentaram 18,3% em Vila Nova de Famalicão, 9,5% em Braga e 8,8% em Barcelos.

Em sentido inverso, a receita com atividades de consultoria, científicas e técnicas subiu dos 118,59 para os 175,64 milhões de euros, espelhando um crescimento de 48%, o maior entre os quatro municípios, apesar de receita mais elevada pertencer a Braga (336,81 milhões).

O volume de negócios com alojamento e restauração também cresceu nessa ordem de grandeza (45,9%), na linha do que aconteceu em Braga (46,9%), mas abaixo do país (63,8%), tendo-se fixado nos 147,64 milhões.

 

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