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Fornos da Cruz de Pedra inaugurados: “Merece ser visitado”

Redação
Cultura \ quarta-feira, junho 26, 2024
© Direitos reservados
O processo foi longo, mas ao fim de vários anos estão abertos ao público os Fornos da Cruz de Pedra: novo espaço conta com um museu que dá a conhecer os mesteres de Guimarães.

A requalificação dos Fornos da Cruz de Pedra, agora com a denominação Centro de Artes e Ofícios dos Fornos da Cruz de Pedra, foi inaugurada na manhã do dia 24 de Junho, sendo mais um espaço cultural e de preservação da memória histórica vimaranense. O novo espaço conta com um museu que dá a conhecer os mesteres de Guimarães e com uma oficina que cria as condições para uma ação pedagógica ao nível da formação e prática olaria.

Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal, destacou a forma como Guimarães olha e trata o seu património, importante para trazer ao presente as memórias do passado, e sem o qual uma comunidade perde a sua identidade. O edil lembrou que o dia 24 de Junho é um dia de “comemoração de Portugal”, com paixão e com a convicção de que se trata de uma data de importância superlativa para a História de Portugal.

“Este edifício, que vai ser gerido pela cooperativa A Oficina, está extremamente bem qualificado e merece ser visitado”, disse Domingos Bragança, que fez referência a Manuel Meneses que, com 95 anos, mostrou a todos a sua paixão e a importância da preservação das tradições vimaranenses, neste caso na olaria. “Quem perde a sua memória comunitária, não está em condições de construir futuro”, concluiu.

O Centro de Artes e Ofícios dos Fornos da Cruz de Pedra foi projetado pelo arquiteto Filipe Silva e o seu Núcleo Museológico de Referência da arqueologia industrial local e Ateliês de Olaria, que tem em vista a produção de peças de olaria tradicional e contemporânea, e que será oportunamente aberto ao público, tem a curadoria da arquiteta Susana Milão, com coordenação científica de Isabel Fernandes.

Trata-se de um investimento de 771.557,34€ acrescido de IVA, adjudicado à Camacho- Engenharia, S.A, que, com as suas valências, vem criar as condições para uma ação pedagógica ao nível da formação e prática deste tipo de artesanato, perpetuando a memória das famílias Machado, Rainha e Réus, com grande tradição na olaria, bem como a de Joaquim Oliveira, artesão que, durante muitos anos, foi o autor da tradicional Cantarinha dos Namorados, ícone da olaria vimaranense.

A obra foi financiada pelo Norte 2020 – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) em 688.535,27€.

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