Rui Borges sacode pressão: ela “está do lado de quem luta para ser campeão”
O cenário de abertura da segunda volta é o Estádio do Dragão: o ambiente espera-se, por isso, difícil. E o jogo também, frente a um adversário que ocupa o terceiro posto da Liga Portugal Betclic, mas atravessa a melhor fase da época, considera o timoneiro do Moreirense. Rui Borges lembra, contudo, que jogos frente a candidatos ao título são aqueles em que a sua equipa “menos tem a perder e muito tem a ganhar” e espera uma equipa capaz de surpreender o FC Porto a partir das 20h30 de sábado.
“A pressão está do lado de quem luta para ser campeão. Temos de desfrutar do jogo dentro da nossa organização, do nosso caráter. Temos de jogar com alegria, mas com a responsabilidade inerente ao jogo. Os jogadores não sentem tanta pressão. Só têm a ganhar. E, como temos uma equipa jovem, os jogadores entram motivadíssimos para estes jogos”, realçou na antevisão ao desafio da 18.ª jornada.
A atual versão do conjunto treinado por Sérgio Conceição é a mais “equilibrada e coesa da época”, face às dinâmicas recém-introduzidas. O FC Porto “mais forte da época” exige, por isso, que o Moreirense seja Moreirense. O que significa isso? Uma equipa equilibrada em todos os momentos do jogo, o traço que mais distinguiu os verdes e brancos ao longo da primeira volta, respondeu Rui Borges.
“Vamos passar por dificuldades, contra uma grande equipa, mas também vamos querer ser Moreirense. Queremos um bom jogo, competente, dentro da imagem que temos mostrado na primeira volta. Temos de estar preparados para momentos de transição e contra-ataque frente a uma equipa que nos vai empurrar para um bloco baixo”, antecipou o técnico.
Desperto para o início de segunda volta teoricamente difícil – FC Porto na 18.ª jornada, Sporting de Braga na 20.ª e Sporting na 22.ª -, o técnico referiu que esses são os “melhores jogos” para um plantel onde se destaca a ambição, ambição essa que pode conduzir a uma segunda volta tão boa como a primeira – a confirmar-se, saldar-se-ia num campeonato com 58 pontos, o melhor registo de sempre.
“Se possível, queremos uma segunda volta tão boa como a primeira. A ambição é a dos jogadores. Os jogadores têm uma ambição enorme. A ambição dos jogadores é que nos vai levar onde queremos. O grupo é muito focado e comprometido. A segunda volta vai ser mais difícil do que a primeira. As equipas vão-nos identificar mais e melhor”, disse.
O técnico confirmou ainda a disponibilidade dos três pontas de lança para a visita ao Dragão: Matheus Aiás, Rodrigo Macedo e Vinicius Mingotti, dianteiro brasileiro contratado neste mês, que elogiou como aposta de presente e futuro, assim como os médios Miguel Rebelo, pelas perspetivas futuras que abre, e Castro, pela experiência e competitividade que acrescenta ao plantel.
