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Mabera apresenta a proposta mais elevada para a compra da Coelima

Tiago Mendes Dias
Economia \ segunda-feira, junho 21, 2021
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Entre as propostas enviadas por “carta fechada”, a da têxtil de Famalicão foi a mais alta, fixando-se nos 3,64 milhões de euros. Resta conhecer decisão final na assembleia de credores de 25 de junho.

A primeira assembleia de credores aprovou a venda da Coelima, de forma a que ela continue a trabalhar, mas não tomou qualquer decisão relativa às propostas em cima da mesa. Essa indefinição abriu as portas a uma nova ronda de propostas, com um prazo de envio até às 18:00 desta segunda-feira, em “carta fechada”. As novas propostas já foram abertas pelo Administrador da Insolvência, Pedro Pidwell, sendo a da Mabera a mais alta, sabe o Jornal de Guimarães.

A empresa têxtil de Mogege, freguesia de Vila Nova de Famalicão que é fronteira a Guimarães, disponibiliza no imediato 3,637 milhões de euros para adquirir todo o ativo da Coelima, superando em mais de um milhão a oferta apresentada na primeira ronda: a 01 de junho, a Mabera disponibilizou 2,6 milhões de euros para adquirir a têxtil-lar de Pevidém, mais 250 mil euros para suprir necessidades imediatas da empresa, em termos de salários e outros encargos operacionais.

A outra proposta em “carta fechada”, do consórcio Felpinter/Mundotêxtil, ascendeu aos 2,615 milhões de euros, superando em pouco mais de 100 mil euros a proposta original das empresas de São Martinho do Campo e de Vizela. A proposta original foi considerada por Pedro Pidwell a “mais favorável” à continuidade da laboração da Coelima, no requerimento anexo ao relatório, que antecedeu a primeira assembleia de credores.

O consórcio entre a RTL e a José Fontão, que foi o primeiro a entrar na corrida pela têxtil, a 28 de maio, com uma proposta de 1,75 milhões em 120 prestações mensais para aquisição do ativo e de 200 mil euros para compromissos prementes.

Conhecidas as propostas, a informação vai chegar à comissão de credores até às 12:00 de terça-feira, antes de se tomar uma decisão que eventualmente possa definir o futuro da Coelima na sexta-feira, às 10h00, em nova assembleia de credores.

Depois das crises de 1991 e de 2011, a Coelima encontra-se em processo de insolvência desde 14 de abril, quando a administração tomou essa decisão com base na falta de apoios no âmbito da covid-19 e de uma queda de 62% na faturação.

Fundada em 1922, a Coelima cresceu entre os anos 50 e os anos 80 para se tornar numa empresa têxtil de referência, que além de ter atingido um pico de 3500 trabalhadores no início dos anos 80, se distinguiu no âmbito social, com valências como a cooperativa de consumo, no âmbito cultural, com o orfeão e a companhia de teatro, e no desportivo, com a prática de várias modalidades, sendo o ciclismo a mais reconhecida.

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