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Manta estendida nos jardins do Vila Flor: há um aniversário para celebrar

Redação
Cultura \ terça-feira, julho 26, 2022
© Direitos reservados
Rodrigo Leão, Noiserv, Sean Riley com The Legendary Tigerman, Meta_ (na imagem) e Christos Papadopoulos com “Larsen C”, marcam a rentrée da programação do Centro Cultural Vila Flor, que faz 17 anos.

A Manta volta a estender-se nos jardins do Centro Cultural Vila Flor. Agora, para celebrar o 17.º aniversário do espaço, está de regresso o festival com concertos de Rodrigo Leão ou Noiserv e um espetáculo do coreógrafo grego Christos Papadopoulos. Por cada espectador presente na comemoração do 17º aniversário do CCVF, "em linha com o objetivo de Guimarães se tornar numa cidade mais verde, mais sustentável e climaticamente neutra, até 2030" será plantada uma árvore.

"Voltamos assim com energia renovada aos concertos no jardim do Vila Flor, para um novo ciclo que, através da música, nos vai afinar os sentidos e o espírito comunitário”, denota Rui Torrinha, Diretor Artístico do CCVF e Artes Performativas d’A Oficina. Todos os concertos são de entrada gratuita até ao limite da lotação disponível.

Para a edição de 2022, o Manta apresenta um alinhamento inteiramente nacional marcado pela originalidade de quatro projetos que atravessam estéticas e gerações diversas. No dia 9 setembro (sexta-feira), as primeiras notas ressoam no relvado com Mariana Bragada sob nome artístico Meta_ (21h30) que, depois de ter participado nas residências do Westway LAB, regressa a Guimarães para apresentar material de composição original com o qual tem conquistado um significativo número de seguidores, explorando a essência das raízes  passado e o futuro. 

Depois entrará em cena Rodrigo Leão (22h30), artista que dispensa apresentações e que nos trará o seu “Cinema Project” com a participação de um coro juvenil, acompanhado pela sua banda habitual. Rodrigo Leão Cinema Project reúne repertório dos três discos editados em 2020 e 2021 (“O Método”, “Avis 2020” e “A Estranha Beleza da Vida”), assim como uma seleção de temas clássicos do compositor, prevendo-se um concerto extremamente eclético, com uma grande abrangência de estilos musicais, que vão do neoclássico à valsa. Com uma forte componente visual, o espectáculo conta ainda com a projeção vídeo de imagens de Gonçalo Santos, que integram desenhos da autoria do próprio Rodrigo Leão, que assume aqui as rédeas de um sintetizador e piano e coros.

No dia 10 de setembro (sábado), o relvado e as mantas voltam a estender-se para Noiserv (21h30), que abre a viagem sonora da segunda noite, com um imaginário gerado por uma criatividade sem limites. Criado pelo músico David Santos, Noiserv é considerado um dos mais criativos e estimulantes projetos musicais surgidos em Portugal na última década.

David Santos é seguido pela dupla Sean Riley e The Legendary Tigerman (22h30). Partindo de onde tinham ficado em 2018 com “California” – álbum gravado em motéis durante uma road trip no estado norte americano – voltam agora aos discos com “Andaluzia”. Apaixonados pela fotografia de uma antiga cabana de pescadores, rumaram até à costa espanhola e lá encontraram o abrigo onde, mais uma vez, improvisaram um estúdio num espaço inusitado. Durante três noites e três dias, gravaram este EP de olhos postos no mar. Registado de forma simples e despida, “Andaluzia” é uma homenagem à amizade e ao amor à música.

O Manta apresenta também um concerto no dia 10 de setembro à tarde (15h30), intitulado “Tranglomango”, "mantendo a tradição recente de dedicar uma parte do seu programa a um público mais jovem".

 

Um espetador equivale a uma árvore

Uma semana volvida e passamos a outro ato de celebração com a dança contemporânea a tomar lugar central no maior palco do CCVF para assinalar o seu 17º aniversário com a estreia nacional de “Larsen C”, de Christos Papadopoulos. 

Em “Larsen C”, a metáfora de um iceberg gigante em processo de descongelamento ressoa nos corpos dos bailarinos num movimento sugestivo e fluido. É um convite ao público. "Uma metáfora da vida que avança, de forma invencível, intrigando ou mesmo perturbando com a fatalidade presente. Paisagens, corpos e sons vêm e vão, aproximam-se e retiram-se. A transformação acontece gradualmente, apanhando-nos desprevenidos várias vezes, fingindo que nada acontece enquanto tudo gira", diz A Oficina em comunicado. 

Christos Papadopoulos, responsável pelo conceito e coreografia de “Larsen C”, estudou dança e coreografia na SNDO (School for New Dance Development) em Amsterdão (2003), bem como teatro no National Theatre of Greece, Drama School (GNT Drama School) (1999) e ciências políticas na Panteion University (2000). Os seus trabalhos têm sido aclamados ao longo dos últimos anos, tendo inclusive sido distinguido nas escolhas da Aerowaves - Dance Across Europe (rede europeia da qual A Oficina faz parte).

O espectáculo comemorativo do 17º aniversário do CCVF será integrado na edição ‘Green Week’ 2022, que decorrerá entre os dias 16 e 18 de setembro. Após o espectáculo, no dia 18 de setembro, será efetuada a primeira iniciativa de plantação. Os bilhetes para assistir a “Larsen C” terão um custo de 5 euros, correspondendo assim à plantação de uma árvore por cada espectador.

"A Oficina – no âmbito da colaboração com o Laboratório da Paisagem – irá reforçar as boas práticas ambientais mediante a promoção de um conjunto de medidas que contribuam para a mitigação da problemática ecológica. Assim, no espectáculo “Larsen C” – e por via do projeto “Guimarães mais Floresta” irá realizar a plantação de uma árvore por cada espectador presente na comemoração do 17º aniversário do CCVF, em linha com o objetivo de Guimarães se tornar numa cidade mais verde, mais sustentável e climaticamente neutra, até 2030", escreve A Oficina em comunicado.

O projeto “Guimarães mais Floresta”, da responsabilidade do Laboratório da Paisagem, que decorre desde 2016, pretende reforçar a importância da floresta autóctone. Através da (re)florestação de áreas degradadas, contribui para a promoção da biodiversidade, aumento das áreas verdes e melhoria da qualidade de vida e bem-estar dos cidadãos. Anualmente, no âmbito deste projeto, têm sido plantadas cerca de 3 milhares de árvores através do envolvimento do setor público, do setor privado e da população.

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