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Nas Taipas, ministro diz que ensino profissional também é para bons alunos

Redação
Educação \ quinta-feira, maio 04, 2023
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Responsável pela educação, João Costa elogiou o “esforço incrível” dos professores nas candidaturas a esta iniciativa financiada pelo PRR e também a recente evolução do ensino na sub-região do Ave.

Presente esta quarta-feira na Escola Secundária de Caldas das Taipas para a assinatura dos contratos dos primeiros 104 Centros Tecnológicos Especializados (CTE) no país, um deles naquela unidade de ensino – um CTE industrial -, o ministro da Educação enalteceu as “candidaturas de elevada qualidade” por escolas públicas e privadas, num “concurso” a sério que visa “transformar o ensino profissional em termos pedagógicos e curriculares”.

Para João Costa, é preciso acabar, de vez, com alguns preconceitos que ainda emergem nos discursos sobre educação. “Já não é aceitável o discurso de que o ensino profissional é uma segunda escolha. Nem a ideia de que os bons alunos não podem ir para o ensino profissional”, vincou o responsável pela tutela, que ali se deslocou no âmbito da iniciativa Governo + Próximo. “Hoje é uma mais uma via para o ensino secundário, como os cursos científico-humanísticos e o ensino artístico especializado”, diz, na sequência de uma iniciativa que prevê a implantação de 365 CTE em Portugal até 2026, graças a um financiamento de 480 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Inteirado do “esforço incrível” de quem elaborou as candidaturas no verão passado, principalmente as bem sucedidas – “de um verão estragado, surgiu um grande resultado”, gracejou -, o ministro disse ainda que as quatro tipologias de CTE – informática, digital, energias renováveis e industrial – são as que melhor respondem às “necessidades de mão-de-obra das empresas.

João Costa realçou que a diversificação do ensino secundário vai ao encontro das aspirações de um maior leque de alunos, abarcando os que se dão melhor com um ensino expositivo e aqueles que preferem aprender com “as mãos na massa”. O governante defende, aliás, que o ensino profissional para reduzir uma taxa de abandono escolar que rondava os 50% há cerca de 30 anos e que hoje é de 5,9%, dando como exemplo dessa trajetória a CIM do Ave. “Aparecia sempre com sinais vermelhos, de alerta, de insucesso, e hoje a situação é completamente diferente”, referiu, enaltecendo “a visão e a determinação” nesse sentido de Adelina Paula Pinto, vereadora municipal para a educação em Guimarães.

A também vice-presidente da Câmara defendeu que os CTE ajudam a “acrescentar valor ao ensino profissional” e ultrapassar o preconceito de que ainda é alvo, ainda para mais num território em que a oferta educativa se pode adaptar às necessidades das várias empresas. “É um momento diferenciador. (…) Os nossos jovens não têm de ter qualificação para hoje, mas para amanhã, e para o mundo, a partir deste território. Guimarães e a CIM do Ave estão disponíveis para isso”, frisou.

Já Celso Lima defendeu que o CTE industrial vai ajudar a escola a crescer, a “maximizar a qualificação dos formandos” e a responder aos “dois maiores desafios” do território que a rodeia – inovação e demografia.

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