Obras de pelo menos seis meses fecham claustro do Museu de Alberto Sampaio
Reconhecido pelos arcos de volta redonda e pela capela tumular de São Brás, com cobertura em arcos ogivais, o claustro do Museu de Alberto Sampaio está encerrado ao público, em virtude das obras em curso, que se vão prolongar, no mínimo, por seis meses. A requalificação arrancou nesta semana, incide principalmente sobre a cobertura do claustro e vai alterar a dinâmica do museu de arte sacra aí instalado desde 1928; a dos visitantes, sobretudo.
“Assim, a partir de agora, quem visitar o museu deve dirigir-se à entrada principal e será depois encaminhado para o exterior, para o jardim junto à muralha, a partir do qual terá acesso às salas. Haverá indicações do percurso a seguir, de modo a orientar os visitantes e minimizar o incómodo resultante desta situação”, refere a nota do museu.
Alvo de um investimento de 260 mil euros, a obra inclui ainda a instalação de infraestruturas de telecomunicações e internet (wi-fi).
De origem medieval, o claustro é o habitual acesso às várias salas do museu. Embora haja historiadores que o datem do século XIII, um estudo mais recente de Lúcia Rosas, professora da Faculdade de Letras da Universidade do Porto localiza-o no século XVI, até pelo brasão de D. Diogo Pinheiro, prior da Colegiada de Guimarães nesse tempo, mesmo com elementos reaproveitados da estrutura pré-existente.
A capela de São Brás, de estilo gótico, foi fundada no século XV por Álvaro Gonçalves de Freitas, vedor da fazenda de D. João I, tem no seu interior o túmulo do fundador e da sua mulher, Beringela Gil.