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"Orgia”, de Pier Paolo Pasolini, assinala o Dia Mundial do Teatro no CCVF

Redação
Cultura \ terça-feira, março 15, 2022
© Direitos reservados
A mais recente produção do Teatro Nacional 21, dirigida por Nuno M Cardoso e interpretada por Albano Jerónimo, Beatriz Batarda e Marina Leonardo, passa por Guimarães no dia 26 e 27 de março.

No final de março, coincidindo com a celebração do Dia Mundial do Teatro e por altura do centenário de Pier Paolo Pasolini, o Centro Cultural Vila Flor recebe a mais recente produção do Teatro Nacional 21. Dirigida por Nuno M Cardoso e interpretada por Albano Jerónimo, Beatriz Batarda e Marina Leonardo, “Orgia” reflete as inquietações presentes em toda a carreira do cineasta, poeta e escritor italiano Pier Paolo Pasolini, constituindo uma coprodução A Oficina (Guimarães) e Teatro Viriato (Viseu) que será apresentada no Grande Auditório Francisca Abreu nos próximos dias 26 e 27, às 21h30 e 16h00, respetivamente.

Tragédia contemporânea sobre a diversidade e sobre os impulsos obscuros e violentos que movem o ser humano, "Orgia" leva a palco o mistério da fertilidade e os problemas da identidade encontram a obsessão do sexo, objeto de culpa e meio de conhecimento: eis então o delírio de um casal, uma orgia sangrenta de palavras que encontra a sua essência no reconhecimento da diversidade. Não é, no entanto, uma história pornográfica ou erotizada. “Orgia” pertence ao terreno das ideias, que Nuno M Cardoso nos apresenta reunindo em cena Albano Jerónimo, Beatriz Batarda e Marina Leonardo, erigindo este teatro de palavras conjugadas pela carne, “(...) uma tragédia contemporânea sobre a diversidade, a identidade pessoal e a procura por liberdade numa sociedade opressora, controladora e reguladora”, nas palavras do próprio encenador.

Num projeto que já está em processo há dois anos, a diversidade volta assim a ser tema central na nova proposta da TN21 – companhia fundada em 2011 pela mão de Albano Jerónimo e Cláudia Lucas Chéu –, com um olhar sobre a diferença, enquanto singularidade, uma diferença em contexto dos anos 60, num texto de Pier Paolo Pasolini, que aponta a palavra e a poesia como resposta contra a massificação da cultura de massas. Um texto dramático pela sua poesia, com a tragédia grega e o teatro da palavra a assumir protagonismo como contraponto à sociedade da imagem. Um suicídio como homicídio social, num convite ao público para refletir, um desafio para pensar a dualidade entre o eros, nos seus níveis do corpo, do coração e do sagrado, e o tânatos na sua dimensão de morte.

Com texto de Pier Paolo Pasolini (no ano em que por coincidência se assinala o seu centenário), direção de Nuno M Cardoso e interpretação de Albano Jerónimo, Beatriz Batarda e Marina Leonardo, “Orgia” é uma coprodução A Oficina (Guimarães) e Teatro Viriato (Viseu), acontecendo a sua estreia a 18 de março neste último espaço referido.

Sendo dirigidos a maiores de 16 anos de idade, os bilhetes para ambas as apresentações de “Orgia” em Guimarães podem ser adquiridos pelo valor de 10 euros ou 7,5 euros com desconto nas bilheteiras físicas do Centro Cultural Vila Flor, Centro Internacional das Artes José de Guimarães, Casa da Memória e Loja Oficina, bem como online em oficina.bol.pt e www.ccvf.pt.

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