Para a concelhia do CDS-PP, o congresso no Multiusos é “decisivo”
O Multiusos de Guimarães é, neste fim de semana, o palco do próximo virar de página na história do CDS-PP, partido fundado a 19 de julho de 1974 que ficou pela primeira vez sem representação parlamentar desde que elegeu 16 deputados para a Assembleia Constituinte, a 25 de abril de 1975.
Afastado da Assembleia da República nas Legislativas de 30 de janeiro, o partido realiza o 29.º congresso da sua história para eleger o novo líder, face à demissão de Francisco Rodrigues dos Santos. As opções ao dispor dos cerca de 1.500 delegados inscritos são três – Nuno Melo, Miguel Matos Chaves e Bruno Filipe Costa -, e o presidente da comissão política concelhia de Guimarães vinca que os centristas precisam de sair mais “fortes” dos dois dias de trabalho na cidade-berço.
“O congresso é, de facto, decisivo. É um momento particularmente difícil para o partido. Perdeu-se a representação parlamentar e, consequentemente, uma visibilidade importante para o CDS”, adiantou Nuno Vieira e Brito ao Jornal de Guimarães.
Convencido de que as propostas da força política de matriz conservadora “não foram bem esclarecidas nas últimas eleições”, o responsável vimaranense crê que o CDS-PP continua a ser uma força com espaço no panorama político nacional, quer por ocupar um “espaço ideológico” que mais ninguém ocupa – democrata-cristão e conservador -, quer pela “participação relevante” em áreas como a economia, a agricultura e a da “proteção dos mais vulneráveis” ao longo de mais de quatro décadas.
Nuno Vieira e Brito confessa ainda o apoio a Nuno Melo, eurodeputado e presidente da comissão política distrital de Braga, considerando-o “uma pessoa com currículo político” para assumir a liderança nacional.
“Apoio o Nuno Melo. Participei na elaboração da moção que vai ser discutida. Fi-lo com convicção. É uma pessoa com currículo político, com noção ideológica, com valorização nacional e internacional, com liderança suficiente para conseguir dar uma nova ideia aos eleitores”, defende.