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Pragmático e focado, Pevidém quer manter segurança e concretizar mais

Tiago Mendes Dias
Desporto \ sexta-feira, janeiro 05, 2024
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Vice-líder da Série A do Campeonato de Portugal à partida para a segunda volta, com a melhor defesa, cavaleiros querem atalhar caminhos para o golo e, acima de tudo, apurar-se para a segunda fase.

O Pevidém SC teimava em empatar antes de se deslocar à Madeira para o embate com o líder Camacha, em 17 de dezembro. No jogo que encerrou a primeira volta, os cavaleiros de São Jorge não só continuaram invictos na Série A do Campeonato de Portugal, como regressaram a Portugal Continental com o triunfo; Atsushi Inoue apontou o golo de um triunfo que consolidou a equipa azul-celeste nos dois lugares de apuramento para a fase de subida, a dois pontos dos insulares. “A vitória na Camacha veio dar a pontuação que a equipa merecia, após alguns empates. Lembro-me logo do empate de Porto Santo e do empate com o Tirsense, em que falhámos penáltis”, descreve o treinador André Brito, a cumprir a segunda época no clube vimaranense.

Para Rui Machado, presidente do clube há seis anos, esse foi um desfecho reconfortante “num campeonato extremamente competitivo”, onde “a estrutura dos clubes muda muitas vezes, com a entrada de novos parceiros e investimentos”. A prioridade, neste momento, é terminar a Série A em lugar de apuramento para a fase seguinte, embora o topo seja sempre a ambição do emblema de São Jorge de Selho. “Existem várias equipas que podem ocupar os lugares cimeiros, de acesso à segunda fase. Temos de continuar a ser muito pragmáticos e focados no que temos feito (…) O nosso objetivo é chegar à segunda fase”, reitera.

Pronto a guarnecer o plantel com “um ou outro reforço” se surgirem oportunidades nesse sentido, Rui Machado espera que haja “muito público” a comparecer ao Campo de Jogos Albano Martins Coelho Lima na segunda volta e enaltece a “comunhão muito grande” entre o clube e a SAD atualmente em constituição, com investimento do empresário Tatsuya Ishizuka – o Pevidém SC só compete formalmente como SAD a partir da época 2024/25.

“A parceria está a correr muito acima das minhas expetativas. O senhor Ishizuka não só tem sido fundamental no equilíbrio do clube, como vive o clube como ninguém. Como vive do outro lado do mundo e tem os seus afazeres profissionais, não está sempre por cá. Passa aqui grandes temporadas e tem sido um parceiro extraordinário”, descreve.

 

“As defesas ganham campeonatos”

Ao leme do Pevidém SC desde novembro de 2022, André Brito crê que o grupo a seu cargo superou até “algumas expetativas iniciais” para a primeira volta face à construção relativamente tardia do plantel e espera uma segunda volta onde os pontos serão “cada vez mais valiosos” à medida que se aproxima do fim. “Até pelo número de empates que existe, temos de melhorar e de ser mais fortes. Temos de encarar quase todos os jogos como finais, porque os pontos vão sendo cada vez mais valiosos”, reitera o técnico de 33 anos.

Com seis vitórias e sete empates, os cavaleiros de São Jorge apresentam a melhor defesa, com 10 golos sofridos, mas apenas o sexto melhor ataque. Apesar de João Marna se revelar um seguro de golos – é o terceiro da prova, com seis, atrás de Alex (Montalegre) e de Totas (Os Sandinenses), ambos com sete -, a equipa precisa de melhorar a produção ofensiva. “Gosto de equipas ofensivas, que produzam muito. Não temos tido essa capacidade.

“Não temos produzido muitas situações. Isso é algo em que temos de ser mais fortes. Temos de criar uma equipa mais compacta no momento ofensivo. Não temos tido muitos jogadores na chegada às zonas de finalização”, reconhece André Brito, antes do regresso à competição, no próximo domingo, com a visita ao terreno do Ribeirão.

O plantel deve, por isso, trabalhar “novas dinâmicas e novas formas de atacar o adversário” sem abdicar do rigor e compromisso defensivos que resguardam a baliza pevidense, ainda por cima num “campeonato tão competitivo”, em que vários jogos se decidem pela diferença de um golo. Agradado com a “capacidade de sacrifício” dos seus pupilos, que se traduz num “comportamento incrível a defender”, resta “continuar a crescer”.

“As defesas ganham campeonatos. Somos uma equipa técnica que gosta muito de atacar e de ter bola para afastar os adversários o máximo possível da nossa baliza e para conceder poucas oportunidades”, resume.

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