Projeto vimaranense de inclusão social em programa piloto com método Ubuntu
Preparados para atuar junto das pessoas em situação de sem-abrigo, os técnicos envolvidos no Portas Abertas, projeto coordenado pela Câmara Municipal de Guimarães em parceria com a Cruz Vermelha Portuguesa, com a Sol do Ave e com o Lar de Santo António, dispõem de formação segundo o método Ubuntu desde 19 de abril, data em que se realizou a primeira sessão, até ao final de maio.
As cinco sessões previstas inserem-se num programa piloto a nível nacional, desenvolvido em colaboração com o Instituto Padre António Vieira (IPAV), e correspondem aos cinco pilares do método Ubuntu, que valoriza as “competências do líder colaborativo”, vinca a nota de imprensa da autarquia: são eles o autoconhecimento, a autoconfiança, a resiliência, a empatia e o serviço.
“A palavra "Ubuntu" é uma combinação de dois termos africanos, "Ntu", que significa pessoa, e "Ubu", que significa tornar-se, enfatizando a centralidade da pessoa na sua singularidade, ao mesmo tempo que se propõe um caminho de autodesenvolvimento. A filosofia Ubuntu também destaca a importância das relações e da interconexão entre as pessoas, valorizando o ser-se com o outro”, vinca o comunicado.
Aprovado em 08 de julho de 2021, o Portas Abertas arrancou em 02 de novembro de 2021, tendo a data de conclusão fixada em 30 de junho de 2023. Orçamentado em 180 mil euros, é financiado em 85% pelo Fundo Social Europeu, da União Europeia (153 mil euros).
O seu propósito, lê-se na ficha do projeto disponível no site da Câmara, é o de “promover a inclusão social ativa da população sem-abrigo, através de intervenções holísticas e concertadas, da mobilização da rede social, da sensibilização da comunidade e da promoção de competências individuais por recurso à figura do gestor social e a planos individuais de intervenção”.