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Recém-eleita vereadora, Vânia Dias da Silva anuncia desfiliação do CDS-PP

Redação
Política \ segunda-feira, novembro 01, 2021
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A concretizar-se, a decisão da jurista de 44 anos vai deixar o partido sem representação no executivo municipal. A saída é uma entre as várias anunciadas a nível nacional.

O CDS-PP está em vias de ficar novamente sem representação no executivo da Câmara Municipal de Guimarães depois de uma ausência de 20 anos, registada entre 1993 e 2013. Única vereadora eleita pelo partido nas Eleições Autárquicas de 26 de setembro, Vânia Dias da Silva prometeu desfiliar-se da organização logo após a realização do próximo congresso centrista.

A causa foi o adiamento do congresso para eleger a liderança do partido, atualmente detida por Francisco Rodrigues dos Santos. O ato estava marcado para o fim de novembro, mas o Conselho Nacional do partido aprovou o adiamento, dando muito provavelmente a hipótese ao atual presidente de concorrer às Legislativas que se adivinham face ao chumbo do Orçamento do Estado, sem se submeter primeiro a eleições internas.

"Lamento muito que tenhamos chegado até aqui. Tenho quase 30 anos de militância e nunca tinha visto nada igual", escreveu num e-mail enviado à secretaria-geral do CDS-PP, citado pelo Expresso neste domingo. "No mesmo espírito destrutivo que vos move, farei chegar a minha desfiliação logo após a realização do congresso (seja ele qual for, onde for e quando for) que vos eleja".

Deputada na Assembleia da República na XIII Legislatura – 2015 a 2019 -, Vânia Dias da Silva foi eleita vereadora municipal como número três da lista da coligação Juntos por Guimarães (PSD/CDS-PP); a candidatura encabeçada por Bruno Fernandes obteve 34,18% dos votos e elegeu quatro membros do executivo, ao passo que o PS, com uma votação de 48,06%, elegeu os restantes sete.

Depois da travessia no deserto entre 1993 e 2013, os centristas estiveram representados em Santa Clara nos últimos oito anos por Monteiro de Castro, eleito em coligação com os sociais-democratas. As ocasiões em que o partido teve mais representação na Câmara, enquanto força política isolada, foi nos mandatos de 1976 a 1979 e de 1985 a 1989, com dois vereadores.

Além da jurista vimaranense, António Pires de Lima, ministro da Economia entre 2013 e 2015, no Governo de Passos Coelho, Adolfo Mesquita Nunes, secretário de Estado do Turismo nesse mesmo executivo, e Michael Seufert, ex-presidente da Juventude Popular e mandatário da candidatura do liberal Tiago Mayan Gonçalves à Presidência da República em janeiro, anunciaram também as saídas. 

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