REI BRUXO abre “O Quarto Fechado” em Guimarães
O coletivo REI BRUXO convida o público a entrar em “O Quarto Fechado” — um objeto artístico híbrido que é ao mesmo tempo álbum de música e livro. No próximo sábado, dia 4 de outubro, às 23h, o CAAA – Centro para os Assuntos da Arte e Arquitetura, em Guimarães, será palco da primeira apresentação ao vivo desta experiência singular, antes da atuação na Porto Prog Night, a 25 de outubro, no Auditório CCOP.
Criado em 2017 por Ricardo Pinto (guitarra, teclas), Sofia Faria Fernandes (voz) e Marcelo Rúben Aires (bateria), o REI BRUXO nunca se limitou a um estilo. A sua música é uma alquimia sonora que atravessa rock progressivo, eletrónica, jazz, grunge, hip-hop, MPB, stoner, noise ou hardcore. Em “O Quarto Fechado”, essa linguagem expandida ganha densidade com uma narrativa que acrescenta personagens, cenários e ilustrações.
O texto que acompanha o álbum nasce do diálogo com o terceiro andamento da Trilogia de Nova Iorque, de Paul Auster. As histórias falam de isolamento e invisibilidade, ecos de um mundo que não oferece fuga, como lembra Byung-Chul Han: “seria impossível uma fuga do mundo, uma vez que não há nenhum outro mundo”.
Entre camadas sonoras e imagens projetadas, o espetáculo promete mais do que música: uma viagem desconfortável e necessária. “Música para desassossegar”, assumem os criadores, fiéis a uma estética que prefere a inquietação à acomodação.
