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Requalificação da EN206 em marcha, mas rotunda de Ronfe vai ter de esperar

Redação
Política \ terça-feira, fevereiro 11, 2025
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Infraestruturas de Portugal anunciou início da obra de quase nove milhões de euros ao longo de 15 quilómetros. Bragança afirma que será necessário acordo de gestão com IP para intervir na vila.

A prometida requalificação do troço da Estrada Nacional 206 que liga Guimarães, mais concretamente a intersecção com a Estrada Regional 310, em Brito, à cidade de Vila Nova de Famalicão, está em curso.

Responsável pela via, a Infraestruturas de Portugal (IP) anunciou, nesta segunda-feira, o início da obra de quase nove milhões de euros que abrange uma extensão de 15 quilómetros. A empreitada visa “a melhoria das características da via, reforçando as condições de segurança e de circulação rodoviária” e a “beneficiação geral da estrada, ao nível do pavimento, da sinalização horizontal e vertical, dos equipamentos de segurança e sistemas de drenagem”.

De fora do projeto, está a ciclovia inscrita num projeto de requalificação apresentado pelas câmaras municipais de Guimarães e de Vila Nova de Famalicão à IP e também a rotunda que constituiria pontapé de saída para a execução do projeto da centralidade da vila de Ronfe. As novas rotundas ao abrigo da requalificação em curso situam-se no concelho famalicense: uma na intersecção da EN206 com a ER309, em São Martinho do Vale, e outra de ligação à Avenida Montes dos Combros, em Vermoim.

Em representação da coligação Juntos por Guimarães (JpG), Ricardo Araújo iniciou a discussão sobre a centralidade de Ronfe na reunião do executivo municipal desta segunda-feira. O vereador ligado ao PSD enalteceu o facto de o atual Governo da AD – formado pelo PSD e pelo CDS/PP – fazer “a obra sair do papel” e mostrou-se, por outro lado, preocupado com a rotunda prevista para o local que é hoje uma intersecção para as instalações do Desportivo de Ronfe.

“Objetivamente, a rotunda de Ronfe não está contemplada nesta obra em início de execução. Não está contemplada uma rotunda na vila, conforme pretendido pelas pessoas da vila”, referiu aos jornalistas, após a reunião de Câmara. Disse até que assumira a “responsabilidade” por essa obra “no tempo certo”, caso seja eleito presidente da Câmara nas Autárquicas marcadas para o último quadrimestre deste ano.

Para o presidente da concelhia do PSD de Guimarães, a rotunda para Ronfe desbloqueia-se com “força política” junto da IP. “Isto resolve-se com força política junto da IP ou chegando a acordo pela Câmara com a concordância da IP. É preciso força política para convencer e executar. Estão duas rotundas previstas, ambas do lado de Famalicão e nenhuma do lado de Guimarães”.

Na resposta, Domingos Bragança lembrou que a Câmara Municipal fez uma proposta à IP para lhe entregar a gestão da estrada e fazer obra, algo que não sucedeu, nem junto de Guimarães, nem junto de Vila Nova de Famalicão. O autarca reconheceu também que a IP desconsiderou a centralidade de Ronfe no projeto em curso, embora seja possível um acordo de gestão posterior para a execução da prometida rotunda, na vizinhança dos campos de futebol e do centro logístico ali a funcionar.

“Fizemos a proposta à IP para nos entregar a estrada e fazermos o que entendemos. A IP não entregou nada, nem a Guimarães, nem a Famalicão, e avançou com um projeto que tinha há sete ou oito anos. Não considerou a centralidade de Ronfe. A Estrada Nacional 206 divide Ronfe a meio. Pretendemos algo que seja qualificante. Temos o projeto da rotunda e da centralidade pronto”, adiantou.

 

“Em Silvares, resolveremos num ano o que o PS não resolveu em 10”

À boleia da discussão sobre a EN 206, Ricardo Araújo lembrou os sucessivos congestionamentos de trânsito em torno da rotunda de Silvares ou o atraso na construção do acesso ao Parque da Cidade Desportiva pela rua do Reboto, agora em curso. Vincou também que, caso seja presidente da Câmara, a via do Avepark vai ser cancelada. Para o vereador da JpG, a política municipal da maioria socialista para a mobilidade pauta-se pelos ziguezagues e pela incapacidade em resolver problemas.

“É preciso resolver este problema em Silvares. Eu comprometo-me a resolver este problema em Silvares num ano, aquilo que o PS não foi capaz em 10 anos”, disse.

O vereador considera ainda que o “atraso nas acessibilidades” acarreta custos económicos para Guimarães. “O território deixa de ser atrativo para empresas. É fundamental termos boas acessibilidades para sermos atrativos do ponto de vista económico. Isto tem sido altamente prejudicial para Guimarães”, completou.

A propósito do nó de Silvares, Domingos Bragança realçou que a solução prevista para o desatar é a execução de uma saída para a EN206, próxima da rotunda, e uma outra também para a EN206, entre o Laboratório da Paisagem e o hospital veterinário, sempre no sentido da cidade para Silvares. O autarca lamentou ainda a demora da IP em atender os pedidos do poder local.

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