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Ricardo Araújo diz que presidente da Câmara não pode ser refém do PS no BRT

Redação
Política \ segunda-feira, março 24, 2025
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Vereador da coligação Juntos por Guimarães crê que abstenção socialista na Assembleia Municipal, numa moção do PSD que refletia o consenso com Domingos Bragança, mostra divergências no PS nesse tema.

O facto de a bancada socialista se ter abstido numa moção do PSD na Assembleia Municipal (AM) de 28 de fevereiro, a defender a adoção do bus rapid transit (BRT) mostra que a Comissão Política Concelhia do PS, liderada por Ricardo Costa, candidato socialista às Autárquicas de 2025, tem uma visão que diverge da do atual presidente da Câmara, Domingos Bragança, considerou Ricardo Araújo. Para o vereador da coligação Juntos por Guimarães, esses “desentendimentos” podem comprometer os interesses estratégicos de Guimarães e privar o território de uma oportunidade única.

“Este projeto é estratégico para Guimarães. Espero que não esteja refém da oposição do PS a este projeto. Basta ver o sentido de voto da última assembleia municipal, numa moção que cita apenas o que o presidente da Câmara diz. Interessava uma clarificação por parte dos partidos políticos da AM quanto a este projeto estratégico. Foi retirado todo o conteúdo político que pudesse ser alvo de divergência, e mesmo assim o PS absteve-se nessa votação. Espero que o presidente não esteja a ficar refém do PS”, referiu, durante a reunião do executivo municipal realizada nesta segunda-feira.

O vereador disse que o presidente da Camara procurou o consenso da oposição neste objetivo, que subscreve, algo que, no seu entender, não acontece com a concelhia do PS. “Quem lhe tira o tapete é o seu próprio partido”, atirou.

O presidente da Comissão Política Concelhia do PSD e candidato laranja às Autárquicas de 2025 acrescentou que a concelhia socialista está a “colocar areias na engrenagem” de um projeto que se constitui como alternativa de transporte público para a ligação à futura estação de alta velocidade em Braga e para a mobilidade intraconcelhia entre a cidade-berço e o norte do concelho, já protocolada entre Câmara de Guimarães, Câmara de Braga e Governo desde 03 de maio de 2023 e em fase de elaboração do projeto.

Candidato socialista à sucessão de Domingos Bragança, Ricardo Costa já defendeu publicamente a criação de uma linha intraconcelhia de metro de superfície (LRT), com um investimento de 270 milhões de euros para 20 quilómetros, a executar em oito anos.

 

“Urge a apresentação final do projeto”

Para Ricardo Araújo, tais “dúvidas plantadas com responsabilidade do PS” devem motivar o executivo liderado por Domingos Bragança a apresentar o projeto o mais rapidamente possível, em vez de “informações aos bocadinhos para a comunicação social”, o que, a seu ver, pode até criar mais desinformação.

Em respostas enviadas à Lusa, divulgadas em 18 de março, a Câmara Municipal revelou que haverá horários para ligações de 30 minutos entre Guimarães e a estação ferroviária de alta velocidade em Braga, com uma única paragem em Caldas das Taipas, mas também que haverá viagens a contemplarem as 12 paragens contempladas no traçado entre o Estádio D. Afonso Henriques e Balazar − contam-se ainda Cepsa, Caneiros, Fermentões 1, Fermentões 2, São João da Ponte, Ponte, S. Gemil, Taipas Av. República, Taipas Av. 25 de Abril e São Martinho de Sande – e as quatro do ramal para o AvePark –  Charneca, Av. Combatentes, AvePark e Zona Industrial de Barco. Nesse artigo, o município esclarece ainda que a solução BRT simples contempla um investimento de 157,8 milhões de euros, que pode ascender a 300 milhões, com a melhoria da infraestrutura para ser futuramente adaptada a metro ligeiro de superfície.

“Essas notícias estão a contribuir para degradar o espaço público. Tendo em conta o investimento, o custo de oportunidade e o custo de operação, o metrobus é a melhor solução. O resto é comprometer soluções de transporte público dedicado para Guimarães nos próximos 10 anos. Informações de forma avulsa não contribuem para o total esclarecimento dos vimaranenses, pelo que urge a apresentação final do projeto”, reiterou.

“Quão mais rápida for a apresentação do projeto, mais rápido será o compromisso de qualquer Governo para o financiamento. “É isso que falta para o Governo se comprometer com uma verba para este projeto. O Governo não se vai comprometer com o financiamento sem projeto”, observou ainda.

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